Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

16 de março de 2024

15 ANOS DE UMA NOVA VIDA.

 Hoje, faz exatamente quinze anos que eu, por assim dizer, nasci de novo.


Impressionante a quantidade de coisas que eu realizei nesse período.


Porém, quando eu me levantei da cama do Hospital após ter sido operado por quase 12 horas de um câncer agressivo, me olhei no espelho e não me reconheci, e o meu primeiro pensamento foi. E agora Silvinho? Minha vida passou inteira diante dos meus olhos em poucos segundos e terminou com a imagem da minha filha, então com nove anos de idade. Chorei copiosamente e novamente agora.


E se eu tivesse desistido de tudo?


Simplesmente eu teria renunciado a todas as bençãos que Deus já tinha preparado para a minha vida, as quais, nem em sonho, imaginaria quais seriam.


A palavra é exatamente essa, impressionante.


Claro que houveram, ainda há e haverão momentos muito difíceis e tristes. Faz parte da vida de todos nós que estamos aqui na Terra.


Porém, nesse período, quantas vitórias; quantos momentos bons; quantas pessoas novas eu conheci, muitas das quais impactaram diretamente na minha vida, mesmo sem eu esperar absolutamente nada delas, e, quiçá, eu na delas.


Realmente desistir não deve ser uma decisão fácil e também nem muito lógica de se tomar.


Obviamente que ninguém quer desistir e sim resolver algum problema que parece ser insolúvel e no desespero, nos deixamos levar.


Acreditem, por pior que seja o que estejam passando, sempre há o amanhã.


Não renuncie a sua vida, pois por detrás de absolutamente tudo sempre existe a Vontade oculta do Pai.


Não nos deixemos soterrar pelo peso dos nossos próprios pensamentos.


Que possamos todos deixar a vergonha e o medo de lado e procurarmos por ajuda profissional, sim, PROFISSIONAL.


Silvio K. Jr.

14 de março de 2024

PACIÊNCIA GAFANHOTO

Há dias e dias para serem vividos. Ontem (13/03), provavelmente um dia para ser lembrado.



Começo esse conto pelo fim, agradecendo ao meu amigo Álvaro, que com a sua atitude, não sei se consciente ou não, se intuído ou não, conseguiu mudar o meu padrão vibratório, exatamente quando ele estava prestes a partir para as calendas gregas.



Dia começou com uma parada para coleta de exames de sangue em um laboratório de um renomado plano de saúde de Sorocaba, que às 7:30 h, mais se parecia com uma feira livre do que com um laboratório propriamente dito, era gente para todo lado, isso depois de ter conseguido com muito custo uma vaga para estacionar, e mesmo se quisesse pagar, os estacionamentos estavam todos lotados. Ao entrar no laboratório você recebe uma senha e pedem para aguardar que vão chamar pelo painel (tvs), o tempo passa depressa e a sua senha não é chamada, porém, as preferências eram quase que sequenciais, olhei para minha direita, umas quarenta pessoas, todas com cabeças muito mais brancas que a minha e algumas grávidas, do lado esquerdo a situação não era muito diferente, com exceção de algumas crianças de colo. Em outras palavras, praticamente todos ali eram preferenciais. Desisti.



Como ainda era cedo e não havia tomado café, resolvi parar na Padaria tão ou mais famosa do que o plano de saúde, que fica localizada na continuação da mesma avenida.



Passava um pouco mais das 8:00 h e a Padaria como de costume estava lotada, todas as mesas ocupadas, resolvi fazer o meu pedido, que me foi entregue rápido como sempre, peguei a minha bandeja coloquei-a na mesa grande que lá existe a qual aparentemente não possuía banco para se sentar ao menos do lado que eu estava, nisso, do lado oposto da mesa um senhor simpático me chama e diz que há um banco daquele lado, realmente não tinha observado, peguei a bandeja, dei a volta na mesa, quando terminei de me sentar, eis que eu vejo um casalzinho com uma certa idade vindo correndo juntamente com a sua filha em minha direção. Fui educado por meus pais e obviamente que me levantei e dei o lugar para o casal, que nem tinham feito o pedido e cuja filha se dirigiu a fila para tal. Pois bem, peguei a minha bandeja e lá vou eu para o lado oposto da mesa novamente, só que agora estacionei a minha bandeja bem na ponta. Ao lado uma dessas mesas mais altas com uma única banqueta e igualmente alta, cujo ocupante nitidamente havia terminado o seu café e rapidamente se levantou. Lá vou eu novamente, pego a bandeja e transfiro-a para a mesa em questão, nisto a mesma senhorinha de outrora como um gato, chega esbaforida e com os olhinhos arregalados e abraça a mesa. 



Claro que mais uma vez eu entendi toda a situação, ela queria aquela mesa para a sua filha que assim como eu provavelmente iria tomar o seu café da manhã em pé. Ela andou uns cinco metros quase a velocidade da Luz, mas não tão rápida quanto o teletransporte da minha bandeja. Olhei bem para ela e para o seu marido, o senhorzinho virou o pescoço, tampou o rosto com as palmas das mãos e fazia o sinal de negativo com a cabeça de tão envergonhado daquela cena. Peguei a minha bandeja, já querendo ficar puto é verdade, e perguntei se ela iria realmente se sentar ali e se eu poderia me sentar no lugar que ela estava até então. Nem me respondeu e começou a escalar a banqueta que era maior do que ela. No momento eu já havia contado até dez, pensei intimamente que falta de educação não tem idade e nem classe social, confesso que faltou pouco para eu perder o equilíbrio. 



Mas eis que surge o meu herói, meu amigo Álvaro, que me cumprimentou de uma forma tão afável que instantaneamente me trouxe de volta a minha realidade. Nem bem deu tempo de conversamos, nem um minuto é verdade, e uma funcionária da Padaria, veio oferecer uma mesa melhor para o casal e sua filha e para lá seguiram felizes, sem se despedirem ou agradecerem, afinal essa era a minha obrigação.



Obrigado mais uma vez Álvaro.



Não me julguem!



Não é preciso. 



Eu mesmo me julgo, faço a dosimetria da pena a e cumpro. 



Fiquem tranquilos. 



Ainda bem que sempre há o dia seguinte.



Bora começar tudo de novo.



Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.



Silvio K. Jr.

5 de março de 2024

ASSASSINATO NA MADRUGADA

Não sei se já aconteceu com algum de vocês, mas já perceberam que quando matamos uma barata de madrugada e a deixamos ali estatelada no chão para retirarmos no dia seguinte, e quando acordamos elas nunca estão mais lá.


Sempre pensei que provavelmente as formigas as levassem para um banquete ou até mesmo pássaros, esses obviamente quando a matamos em áreas externas, ou outros insetos, lagartixas, talvez. 


Em uma dessas madrugadas quentes que vem fazendo nos últimos dias, acordei todo suado e como consequência sem encontrar uma posição mais fresca para voltar a dormir, o jeito foi levantar e passar pelo menos uma água no rosto, porém, ao entrar no banheiro me deparei com uma barata passeando tranquilamente por ele, não tive dúvidas, chineladas nela e para não acordar todos em casa, o cachorro e até mesmos os vizinhos, e como ela já estava dentro do box, resolvi deixá-la morta ali mesmo até o dia seguinte.


Voltei para cama e assim que deitei, me lembrei de como será que elas baratas desaparecem, imediatamente peguei a minha câmera GoPro 4k com visão noturna e a instalei na pia de tal forma que pudesse gravar perfeitamente o local onde a barata jazia morta. 


Deitei-me e logo peguei no sono. Na manhã seguinte, como já imaginava ao entrar no banheiro, obviamente o defunto da barata não mais ali estava.


Ao assistir a filmagem, confesso que fiquei perplexo, foi a sequência de imagens mais inacreditáveis que eu já presenciei, a câmera marcava 10 minutos de gravação quando uma primeira barata se aproximou da falecida e em poucos segundos um grupo de pelo menos umas 20 baratas estavam em volta e perfeitamente alinhadas, logo uma baratinha subiu em cima da falecida e parecia fazer uma massagem cardíaca, inacreditavelmente a falecida começou a se mexer, uma perninha por vez, logo as demais baratas, aparentemente regurgitavam alguma gosma em cima dela, e assim com a ajuda das demais baratas, ela foi desvirada e saiu andando apoiada pelas demais.


Fiquei estático com a câmera nas mãos e a gravação continuava, porém o mais surpreendente ainda estava para acontecer, uns cinco minutos depois que elas foram embora, um grupo de seis baratas voltaram como que fazendo uma última vistoria no local, uma delas encontrou o que eu acredito ser uma perninha da ex-falecida, nisto uma delas não sei como percebeu que estavam sendo gravadas. Juro! Aquela baratinha se aproximou da câmera, ficou em pé, com todas as perninhas para baixo, exceto por uma que ficou em riste. A fdp da baratinha, me mandou a merda, só pode. Fiquei tão excitado para postar o vídeo depois dessa última cena que o pior aconteceu. A câmera que estava em minhas mãos e fora da sua caixa de proteção contra a água, caiu dentro do vaso sanitário e tive que dizer adeus a prova que as baratas além de sobreviverem a um ataque nuclear, são inteligentes e capazes de ressuscitarem.


Porém, agora sem o vídeo para provar, resta a vocês simplesmente acreditarem em mim e na minha palavra.


EU JURO!


Meoooooooooo Deollllssssssssss.


Silvio K. Junior

10 de janeiro de 2024

SÍNDROME DO PÂNICO.

Eram 5:30 h da madrugada e o despertador tocando sem parar, ao lado, sentada em sua cama abraçada aos joelhos, olhos arregalados e fixos na parede à sua frente, um olhar de terror consumia a sua alma, estava Anna.

 

De repente batidas fortes na porta, tiraram Anna do transe.

 

Seu pai batia firme a porta, ao mesmo tempo que mexia na maçaneta tentando abrir a porta, que se encontrava trancada.

 

Acorde, Anna! Está tudo bem? Acorde! Dizia seu pai, em sua voz um tom de preocupação, mas ao mesmo tempo firme.

 

Agora de volta a realidade, Anna ainda não conseguia se mexer.

 

E pode perceber quando o seu pai arrombou a porta do quarto, indo ao seu encontro.

 

Anna se pôs a chorar compulsivamente, vindo posteriormente a desmaiar.

 

Acordou em um quarto de hospital, onde descobriu que foi diagnosticada com Síndrome do Pânico.

 

Anna pensou, como ela uma psicóloga com diversas pós-graduações e um mestrado recém finalizado, poderia estar sofrendo do mesmo mal que a esmagadora maioria dos seus pacientes, como ela pode se deixar dominar assim, a ponto de entrar em surto.

 

Ao seu lado o seu velho pai, um médico psiquiatra que recentemente se aposentou, viúvo e um avô em período integral.

 

Anna logo adormeceu novamente, vindo a acordar apenas no dia seguinte. Ela acreditava ter sofrido um ataque cardíaco, não acreditava no diagnóstico de síndrome do pânico, tamanha era a dor em seu peito.

 

Após sofrer outro ataque de ansiedade e novamente sedada, seu pai resolveu tomar as rédeas da situação, não concordava com o tratamento que estava sendo ministrado na sua filha, e na qualidade de médico especialista, assumiu o tratamento mudando toda a medicação.

 

Logo Anna acordou se sentindo muito mal, seu pai conversou com ela, explicando que precisava reagir. Conseguiu colocá-la em pé e se movimentar um pouco, logo a levou para o banheiro e com o auxílio de uma cadeira de banho hospitalar, ajudou-a tomar um banho.

 

Logo Anna foi se sentindo melhor e recuperando a consciência plenamente.

 

O seu pai foi taxativo:

 

- Anna esses remédios que você vem tomando são muletas, li o seu prontuário médico, há tempos você está sendo erroneamente medicada. Não entendo como uma psicóloga renomada pode se utilizar deles.

 

- Pai, a pandemia acabou comigo, um caso pior do que outro, problemas atrás de problemas. No começo pedi ajuda para meus amigos psicólogos, mas eles estavam mal também, daí para não recorrer ao senhor, acabei me consultando com outro psiquiatra que me receitou esses medicamentos que leu em meu prontuário.

 

- Filha, devia ter vindo até mim, nós conversaríamos e encontraríamos uma saída juntos.

 

- O senhor tinha perdido a mamãe e estava com muita coisa na cabeça, não achei justo.

 

- Filha, eu só tenho você e ao seu filho. Vocês são tudo para mim. Por favor, a partir de agora, não me exclua mais da vida de vocês. Ok?

 

- Sim, Pai! O que fazemos agora?

 

- Vamos começar por trocar esses medicamentos para que não tenha novas crises como essas. Vou te acompanhar diariamente, tanto clinicamente, como através de exames laboratoriais.

 

- Ok!

 

Passados quase dois anos dessa conversa, Anna finalmente estava livre dos medicamentos e sentindo-se forte para seguir em frente.

 

Nesse período, por mais paradoxal que possa parecer, acabou se tornando uma psicóloga muito melhor, pois pela primeira vez em sua vida profissional, pode efetivamente sentir o que era estar do outro lado, literalmente no fundo do poço.

 

Anna, finalmente entendeu que nós somos além de corpo, ALMA. Que o binômio “ansiedade” e “depressão” é uma verdadeira bomba atômica, para o coração. O estresse (emoções) é a causa principal desses males, porém, a grande maioria dos médicos não o explicam, porque eles estão relacionados com a alma, portanto, em tese não é problema deles.

 

Em sua experiência, aprendeu que é essencial como iremos assimilar essas emoções (stress); e que tudo irá depender do grau de rigidez de cada um, ou seja, se não tivermos equilíbrio, basta apenas uma única emoção, para desencadear em nós um processo depressivo. Assim o principal para combater o stress, é o autoconhecimento; conscientizarmo-nos, que somos mais que matéria, que somos “alma”, que temos imperfeições; reconhecer as nossas falhas é o primeiro passo para o caminho da cura; mudarmos os nossos hábitos; renovarmo-nos, enxergarmos esses fatos marcantes, te tal forma que eles não nos preocupem mais.

 

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.

 

Silvio K. Junior.

 

7 de janeiro de 2024

D O M I N G O

 Kleberson e Rosa formam um casal muito legal, eles combinam e concordam em quase tudo nessa vida, menos na religião que cada um professa e para o time de futebol que torcem.

 

Kleberson um evangélico convicto e Rosa uma católica muito atuante em sua paróquia.

 

Já no futebol, Kleberson é corinthiano e Rosa torce para o São Paulo.

 

E assim a vida conjugal deles segue no dia a dia, porém, existe o domingo.

 

E sempre aos domingos é inevitável a discussão entre eles, ela quer que Kleberson a acompanhe na missa logo cedo e ele quer que Rosa vá ao culto à noite e nesse ínterim tem os jogos de futebol.

 

Kleberson, nesses quase 5 anos de casados, nunca foi à missa com Rosa, ela por sua vez sempre o acompanhou aos cultos.

 

Situação que estava prestes a mudar, quis o destino que Corinthians e São Paulo se enfrentassem em um sábado à noite em um jogo do campeonato brasileiro que havia sido adiado e remarcado.

 

O casal resolveu fazer uma aposta, caso o Corinthians ganhasse, Rosa usaria a camisa do Corinthians durante o almoço de Domingo onde toda a família estaria presente, já se o São Paulo ganhasse, ele teria que acompanhá-la à missa de domingo de manhã.

 

Corinthians 1 x 2 São Paulo.

 

Naquela noite Kleberson não dormiu direito, tentando achar meios de escapar daquela enrascada, mas sabia que Rosa não iria aceitar um não.

 

E assim, sem saída, eles se arrumaram e seguiram para a Igreja.

 

Durante o trajeto, Kleberson, que estava no banco do passageiro, começou a sentir um calorão, ligou o ar-condicionado do carro ao máximo, Rosa estranhou, mas nem comentou, pois não queria que o marido achasse alguma desculpa para desistir de ir à missa com ela.

 

Kleberson seguia calado, estranhando o que vinha sentindo intimamente, mas também não queria falar nada para Rosa.

 

Ao chegarem à Igreja, logo os amigos vieram encontrá-los, depois dos cumprimentos, adentraram a Igreja o casal se acomodou a pedido de Kleberson no último banco.

 

Para surpresa de Rosa, o Padre naquele dia se dirigiu a ela e disse:

 

- Rosa, infelizmente a Luciene, passou mal essa noite e precisou se ausentar, você poderia me auxiliar durante a missa nas funções dela, uma vez que você sabe de cor todos os procedimentos.

 

Rosa, pensou por um instante, que iria deixar Kleberson sozinho, justamente nesse dia, ao mesmo tempo que não podia recusar ajudar ao padre, e respondeu:

 

- Claro, Padre. Vamos lá.

 

Se despediu de Kleberson, o padre pediu desculpas a ele que entendeu a situação sem nenhum problema.

 

Kleberson, sentado ali sozinho no último banco da Igreja, que naquele domingo não estava cheia, começou novamente a sentir um calorão, sua visão embaçou completamente por alguns poucos instantes, quando ela voltou, estranhou, pois parecia estar enxergando tudo em duplicidade, coçou os olhos, abriu e fechou várias vezes, depois tentou se levantar e não conseguiu.

 

Então respirou fundo, ao menos o calorão passou, pensou ele, consigo mesmo, a missa havia começado.

 

E ele seguia com a visão estranha, ao mesmo tempo que estava tudo muito nítido, como há muito ele não enxergava, parecia que ele estava vendo além.

 

Realmente ele estranhou que a Igreja agora estava lotada, havia muitas pessoas em pé, algumas iam e vinham apressadas pelo corredor.

 

Kleberson resolveu focar no padre, e pôde observar que uma luz roxa descia do teto da Igreja até a cabeça dele, que tinha ao seu lado diversas pessoas o auxiliando de uma forma estranha, algumas levantando as mãos em sua direção.

 

Ouvia perfeitamente o que o padre falava, pode observar que junto as primeiras três ou quatro fileiras da Igreja, que estavam cheias, uma luz muito brilhante, fazia o caminho inverso da luz que iluminava ao padre, ou seja, ela saia das pessoas que ali estavam em oração e subia em direção ao teto e se espalhava por toda a Igreja.

 

Aquela luz brilhante espargia um calor agradável a Kleberson, que relaxou ao ser atingido por ela.

 

Ele continuava, ali estático, porém, com seus sentidos mais aguçados do que nunca.

 

Pode ver que as pessoas que estavam em pé no corredor, auxiliavam aos que estavam sentados nos bancos, impondo-lhes as mãos igual faziam com o padre e até mesmo abraçando-os carinhosamente, inclusive aconteceu com ele, recebeu o abraço mais gostoso de toda a sua vida, mas sem que pudesse retribuí-lo.

 

É como se tudo isso tivesse acontecido em apenas poucos minutos, quando de repente ele ouve a voz de Rosa.

 

- Kleberson, vamos! A missa já terminou.

 

- Como assim, Rosa! Nem percebi o tempo passar.

 

- Imagina, hoje a missa demorou mais que o normal. O senhor deve ter dormido, isso sim. Qual foi o sermão do padre hoje, perguntou Rosa?

 

Rosa se assustou quando Kleberson comentou certinho o que o padre havia falado e também de tudo que aconteceu durante à missa.

 

Ela estranhou Kleberson não ter reclamado, pelo contrário aparentava estar muito feliz.

 

Kleberson por sua vez, em um primeiro momento, sem entender absolutamente nada do que viu e sentiu durante a missa, resolveu guardar para ele àqueles sentimentos.

 

Passados alguns momentos uma certeza tomou conta dele, em seu âmago ele sabia que lhe foi permitido ver, o que verdadeiramente de fato ocorre no mundo espiritual durante uma missa. Sabia também que o mesmo deveria ocorrer durante o culto da sua Igreja e assim como de todas as demais religiões, e que para ele àquelas pessoas eram na verdade anjos.

 

Então encarou aquilo como uma revelação íntima. E a partir daquele dia, ele tomou uma decisão, que foi muito bem aceita por Rosa.

 

Ficou combinado entre eles, que um domingo iriam à missa de manhã e no outro iriam ao culto à noite, e ainda que sempre que um quisesse ir ao estádio assistir ao jogo do seu time de coração o outro iria acompanhar de bom grado.

 

E, dessa forma, o casal acabou com àquelas discussões de domingo, que passou a ser o dia da semana que esperavam ansiosos.

 

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.

 

Silvio K. Jr.