Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

14 de novembro de 2022

SAUDADES

 ...


Hoje acordei com saudades das pessoas que eu tive a oportunidade de conviver enquanto elas aqui na Terra estiveram, e cada uma delas a seu modo fez parte de algum momento da minha vida.


Fiz uma lista com carinho, provavelmente devo ter esquecido pessoas queridas e caras, por favor meus irmãozinhos, não fiquem chateados, sintam-se todos representados nessa oração. 


Pai! Cuide da saúde espiritual de todos aqueles que já partiram, e cujos nomes adiante vou relacionar, que todos possam estar bem e amparados, e quando chegar a minha vez de retornar, se eu tiver algum merecimento, que possa abraçá-los novamente um a um. Que essas minhas palavras e pensamentos cheguem até eles.


Nesse momento me vêm a mente alguns nomes e claramente a imagem do rosto e de momentos que vivenciei com cada um. São eles:


Silvio Klinguelfus (pai)


Helena Galvão Pinheiro Klinguelfus (mãe)


David Marum (tio, marido da minha tinha Leonina, irmã da minha mãe)


Aparecida Correia Nunes (tia, irmã da minha mãe, minha segunda mãe)


Celio Duarte (primo, filho da minha tia Leonina)


Geraldina Galvão Pinheiro (tia, irmã da minha mãe) 


João Galvão Pinheiro (João Feijão, meu tio, irmão da minha mãe)


Roberto Cirino Silva (cunhado, marido da minha irmã Silvia) 


Arthur e Guiomar Klinguelfus (meu tio, irmão do meu pai e sua esposa)


Tio Lire (meu tio, irmão do meu pai)


José e Heladia Carli (avós da minha esposa, por parte de pai)


Mafalda Pilon – Nona (avó da minha esposa, por parte de mãe)


Gerson Vieira Escanhoela (amigo e cunhado, marido da minha irmã Regina e irmão do meu amigo Marcinho) 


Roberto Alegretti (amigo)


Dona Terê Pilon (tia da minha esposa, irmã da mãe dela)


Dona Ivone, Dona Moncayo, Senhor Rodolpho, Dona Lourdes Muller (meus professores do primário) com os quais tive o privilégio de manter contato durante boa parte da minha vida.


Gregório Pontes (meu padrinho, pai do meu amigo e primo do coração Fabinho)


Luciano e Tereza, Zé e Olga, Cida, Lila, Valentina, Nata, Valéria, Sr. Senne e Dona Segunda, Cabreira e Castora, Sr. Ede, todos meus vizinhos na minha infância


Leila e Humberto Martini (amigos)


Mario Vieira (amigo e primo do meu cunhado Gerson)


Luciane Assunção Rebouças (amiga) 


Paulo Varchavtchik (amigo)


Fernando Tapigliani (amigo)


Thomas de Aquino (amigo)


Adalto Almeida (amigo)


Sandoval (amigo)


Ary Proença (amigo e pai do meu amigo Paulo Proença) 


Euclides da Elenco (amigo)


Rui Albuquerque (amigo, pai da minha amiga Flávia esposa do Marcinho meu amigo)


Julio e Isabel Cirino Silva (pais do meu cunhado Roberto)


Gerson e Marisa Escanhoela (pais do meu cunhado Gerson e do meu amigo Marcinho, da Sônia e do Ricardinho)


Décio San Roman (amigo e pai do meu amigo Cesar e marido da Dona Tere)


Edson Ribeiro da Silva (tio da minha esposa, marido da irmã do pai dela)


Zé Ferrugem (amigo)


Marcio Santos (amigo desde a minha infância)


Ana Paula Nobrega (amiga)


Marcelo de Oliveira (amigo) 


Sheizer Marcos (amigão)


Dr. Rezende de Ibiúna (amigo)


Renatinho Bittencourt (amiguinho)


Ademir Marques Penteado (amigo e irmão)


Saudades de todos vocês meus irmãozinhos. Até breve.


Agradeço a todos que me leem nesse momento, pela atenção, paciência e pelo carinho de sempre.


Se durante a leitura dessa mensagem, os seus pensamentos foram elevados por pessoas queridas a você, o objetivo dela foi plenamente atingido.


Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.


Silvio K. Jr.


Ps:


A lista de pessoas queridas vai aumentando a medida que vou me recordando com calma.


Cida Ragozzine (esposa do meu amigo Renato)


Nancy Jóia (amiga)


Lucimara Carli (tia da minha esposa)


Sônia Miranda (esposa do Aredo)


Aroldo Bertollotto (amigo)


Nair Moreno (amiga, mãe do meu amigo Paulo Renzo)


Veronez (amigo e marido da minha prima Albani).


Tia Zé e tia Zilda (pessoas especiais, como explicar esse esquecimento).

24 de setembro de 2022

PENSAMENTOS SOMBRIOS...

 

São 6:00 horas da manhã e há muito que o sol já brilha alto na cidade de Fortaleza – CE., Arnaldo aprecia de dentro da sua cobertura ainda deitado na cama o oceano Atlântico até onde a sua vista podia alcançar, o céu estava azulzíssimo e como se dizia antigamente verdadeiro céu de brigadeiro.

 

Ali envolto em seus pensamentos é surpreendido pelo filho de 8 anos de idade, que vem se despedir, pois estava saindo para ir à escola, logo a esposa também o faz.

 

Aproveitando que a esposa e filho saíram, Arnaldo se levanta, se dirige a varanda, respira fundo e de novo admira aquela imensidão azul a sua frente e pensa consigo mesmo que se Deus é tão bom e capaz de fazer maravilhas como essas, porque não responde as suas perguntas. Logo vem a sua mente pensamentos sombrios, lembra da sua empresa que está prestes a decretar falência. Como contar a esposa que precisarão voltar de onde vieram, como começar tudo de novo já na casa dos 50 anos de idade, como ver o seu filho sofrer privações, como ter que demitir funcionários que começaram àquele negócio junto com ele há mais de 20 anos. Como, meu Deus?

 

E os pensamentos vão se tornando cada vez piores e de repente a ideia de suicídio toma conta de tudo, resolve subir no parapeito, no que toca o interfone, trazendo-o de volta a realidade do momento, era o porteiro trazendo o jornal e as correspondências do dia, fato esse que nunca ocorria, mas como o porteiro precisou subir para levar uma encomenda para a cobertura vizinha, resolveu levar também as coisas do Sr. Arnaldo. Ele agradece ao porteiro, dá uma olha desinteressada pelo jornal e nas correspondências, joga-os sobre a mesa da sala de jantar e novamente sua mente é tomada de assalto pelos mesmos pensamentos de a pouco.

 

Agora na varanda da sala do alto dos 30 andares do prédio, observa as pessoas correndo pela orla, por um momento pensa em sair para correr, foi em vão, mais uma vez não encontrando saídas a sua mente enuvia-se e agora utilizando-se de uma mesinha como apoio, sobe outra vez ao parapeito e novamente o interfone toca, agora era a faxineira que sempre ia as sextas-feiras, mas que essa semana teve que antecipar um dia para a ir a uma consulta médica, a esposa de Arnaldo tinha lhe avisado, mas ele havia se esquecido completamente.

 

E assim, Arnaldo não teve alternativa a não ser se arrumar e seguir para a empresa que ficava há aproximadamente uma hora de distância da sua casa, localizada no polo petroquímico do Estado a quase 60 quilômetros e para lá que ele seguia naquele dia, já a sede fica mais próxima, no Distrito industrial da capital cearense.

 

Durante o trajeto, infelizmente os pensamentos não lhe davam sossego e depois de passar por um dos milhares de buracos existentes naquela via, teve o eixo dianteiro da sua caminhonete arrebentado o que obviamente forçou a parar.

 

Tratava-se de um lugar ermo distante ainda uns 20 quilômetros do polo petroquímico, praguejou a respeito daqueles buracos na estrada que se não fossem eles o trajeto que demora uma hora ou mais, não passaria de 30 minutos, porém, o descaso é imenso. Pela primeira vez no dia os seus pensamentos não eram a respeito de suicídio, chamou o resgate e ouviu a mensagem eletrônica que o atendimento presencial começaria a partir das 8:00 horas e ainda faltava aproximadamente uma hora, se fosse urgente, poderia chamar um outro número dizia a mensagem, sem ter muito o que fazer e sabedor que não adiantaria muito insistir, resolveu esperar o tempo passar e caminhar pela praia, tirou os tênis, a camisa social, ficando apenas de camiseta que vestia por de baixo e com a calça, e seguiu rumo ao mar, sem lenço e nem documento.

 

Pensou consigo mesmo que fazia anos que não caminhava e muito menos tomava um banho de mar, olhou para todos os lados, ninguém a vista, despiu-se ficou apenas de cueca e entrou no mar. Entre um mergulho e outro entrava cada vez mais para o fundo, quando de repente foi colhido por uma corrente marinha fortíssima que o levou para bem longe da praia, Arnaldo filho de pescador era um nadador experiente e acostumado com a correnteza, assim deixou-se levar sem entrar em desespero, quando percebeu que a corrente arrefeceu, conseguiu nadar em direção a costa que estava bem distante, do alto mar onde estava, pode ao longe de um lado observar a cidade de Fortaleza e do outro lado o polo petroquímico, e ali no meio do nada, os pensamentos sombrios voltaram a sua mente, pensou que se deixasse morrer ali, que dificilmente o achariam, que provavelmente viraria comida de peixes. Estava boiando pensando em como fazer para se afogar, porém é surpreendido por uma voz, voltando a si, observa uma jangada de pescador se aproximando, Arnaldo foi resgatado e para sua surpresa por um amigo longínquo da sua infância, imediatamente se reconheceram, Zezinho fez muita festa para o amigo que retribuiu àquela verdadeira e esfuziante acolhida. Fazia muito tempo que ele não se sentia tão bem, Zezinho estava voltando da pescaria e Arnaldo se deixou levar para a vila de pescadores onde nasceu.

 

No caminho até a Vila em alguns momentos Arnaldo pensava em Deus em como ele podia tê-lo abandonado daquele jeito.

 

Quando chegaram na vila, Zezinho emprestou um short para Arnaldo, os moradores fizeram festa para o filho ilustre daquela comunidade que há muito não aparecia por lá, alguns parentes de Arnaldo fizeram questão de apresentar os primos mais novos e assim o dia passou sem mais nenhum pensamento de suicídio a povoar a sua mente. Sem dúvida foi um dos dias mais felizes dos últimos tempos.

 

Da vila Arnaldo comunicou a empresa que mandou um funcionário resgatar a sua caminhonete, avisou a esposa que estava na Vila dos Pescadores onde nasceu e que sairia para alto mar na companhia do Zezinho seu amigo de infância no dia seguinte retornando dois dias depois, voltando ainda a tempo para o almoço de domingo. Sua esposa a princípio estranhou àquela atitude, ainda mais que fazia anos que Arnaldo não pisava por lá. Porém, algo lhe dizia em seu coração que não devia intervir, pois pela primeira vez depois de muito tempo notou a alegria de volta a voz do marido.

 

Dessa forma, depois de muita festa durante o dia e a noite na Vila, no dia seguinte seguiram rumo ao alto mar para a lida de pescador. Foram horas de alento para Arnaldo que se deixou levar pelo momento, aproveitou cada segundo, riu, chorou, se divertiu, trabalhou duro é bem verdade, porém, os seus pensamentos lhe deram uma trégua necessária.

 

Na noite de sábado depois de terem jogado a rede, Zezinho resolveu se deitar um pouco e Arnaldo também o fez, ali deitado na jangada e observando a Lua que estava cheia justamente a melhor para pesca em alto mar, naquele sossego no balançar do mar, longe dos pensamentos sombrios que povoavam sua mente incessantemente, teve uma ideia brilhante de como sair daquele imbróglio que tinha se metido, não acreditava como não havia pensado antes naquela solução, que beirava o absurdo de tão simples, se não fosse o seu orgulho besta, já podia ter resolvido isso a muito tempo.

 

E ainda pensativo, deitado na jangada Arnaldo teve, podemos assim dizer, um outro momento de iluminação, reconheceu que Deus jamais o havia abandonado, que fora Ele quem mandou o porteiro, depois a faxineira, o Zezinho e até mesmo àquele maldito buraco na estrada, para evitar que ele atentasse contra a sua própria vida.

 

Grato ao Pai, eleva os seus pensamentos em agradecimento.

 

De volta a terra firme, se despede do Zezinho e dos amigos da Vila sob a promessa de voltar em breve para novas aventuras, já em sua casa abraça carinhosamente ao filho e esposa, tem um domingo maravilhoso ao lado da família, saem para passear na orla, vão jantar, ali estava um homem feliz, uma família feliz.

 

Na segunda-feira logo no primeiro horário, Arnaldo toma todas as providências para colocar sua ideia em prática e passadas quase duas semanas estava com a sua vida completamente estável, é bem verdade, que não era mais o dono da empresa. Entretanto, não precisava mais dela, com a concretização da fusão da sua empresa com a sua maior concorrente, ele conseguiu garantir o emprego dos seus funcionários e agora tinha mais do que necessário para viver junto a sua esposa e filho, quiçá, até mesmo começar em um novo ramo, ou melhor, em um novo velho ramo, o da pesca, experiência e verdadeiros amigos não lhe faltavam para ajudar.

 

Graças a Jesus Cristo.

 

Graças a Deus.

 

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.

 

Silvio Klinguelfus Junior




De mim, para comigo mesmo.


Eu já aprendi e apreendi que a nossa missão nunca é cumprida ela é sempre comprida.


Nascer, morrer e renascer...


Acreditem, nada, absolutamente nada é por acaso.


A ecologia do ventre é a ecologia do mundo. (Infelizmente não conheço o autor dessa frase).


Cuidemos pois dos nossos filhos, sejamos bons exemplos para eles.


Como essa mensagem lhe encontrou nesse exato momento?


Não importa!


Essa mensagem leva o meu melhor, ela carrega o meu  sentimento, realmente eu me importo com vocês.


Assim, convide Jesus para lê-la ao seu lado.


Eu desejo de todo o meu coração que essa semana que está  começando seja para você e para a sua linda família seja maravilhosa e repleta de bênçãos.


Que nós consigamos juntos com a ajuda do Pai mudar o nosso padrão vibratório.


Que possamos parar e avaliar as nossas atitudes e em como podemos incluir todos que caminham ao nosso lado em nossas vidas.


Ilumine-se!


- Coração (Amor)


- Respiração (Ternura)


- Compaixão (Não julgar)


Cuidemos mais de nós mesmos.


Aprendamos a escutar e interpretar.


Que possamos todos nos tornar torne leitores de almas.


Sejamos capazes de sentir a dor do outro, para que possamos de alguma forma ajudá-los.


Quando aprendemos a interpretar, nunca mais nos deixamos soterrar pelo peso dos nossos próprios pensamentos.


O primeiro passo para nos melhorarmos é procurar por ajuda.


Abençoe e serás abençoado.


Aprenda a abençoar.


Deus te abençoe. Quando dizemos isso, afirmamos que estamos com o outro.


Abençoe os teus filhos, seus cônjuges, sua família e amigos.


Abençoar significa eu te vejo.


Olhe nos olhos e diga:


Eu te abençoo, eu te vejo, eu me importo.


Deixemos de ser pecadores


Passemos ser pescadores.


Pescadores de Almas.



Sigamos o exemplo de Jesus.


Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre. 


Silvio K. Jr.

20 de setembro de 2022

O ACIDENTE

 


Domingo de manhã, por volta das 8:00 h, Javier trafegava com a sua moto de alta cilindrada por uma estrada vicinal muito bem conservada e cheias de curvas que tem como destino uma pequena cidade do interior de São Paulo, com não mais de 15.000 habitantes.

Esse é um dos trajetos preferidos de Javier, podemos dizer que o conhece de olhos fechados e com destreza segue devorando as curvas ao mesmo tempo que aprecia as paisagens daquela região rural.

Ao se aproximar de uma curva bem fechada a esquerda, reduz a velocidade e ao começar a tangência de imediato se depara com uma pessoa em pé, parada bem no meio da estrada e vestida com um macacão típico dos usados pelos motociclistas e com um capacete na mão direita, imediatamente Javier deduz que ela deva ter sofrido um acidente, assim consegue fazer uma manobra e parar bem ao lado da pessoa, que ao observar melhor, ver tratar-se de uma mulher.

Após as apresentações de praxe, a mulher que se apresentou como Anália, conta que se perdeu na tangência da curva e foi arremessada para fora da estrada e a moto acabou caindo no desfiladeiro. Por um milagre, Anália aparentemente tinha sobrevivido sem nenhum arranhão.

Javier tenta chamar o socorro, mas, sem sucesso pois naquela região não há sinal de celular, dessa forma sem muitas opções oferece uma carona para Anália, que disse ter uma fazenda uns 20 km depois de passar pela cidadezinha que estava a cerca de uns 50 km de distância.

Assim Anália subiu na garupa do Javier e partiram rumo a fazenda, no caminho resolveram parar em uma pequena padaria que ficava na beira da estrada na entrada de um vilarejo.

Javier foi até o balcão, cumprimentou o atendente pediu dois cafés, esperou que ele os servisse e disse que estaria sentado na mesa do lado de fora do estabelecimento. Anália e Javier começaram a conversar como se fossem velhos amigos, tinham muitas afinidades e se não fosse pela diferença de idade, ele viúvo e quase na casa dos 70 anos de idade, teria ficado bem interessado por Anália que não aparentava ter mais do que 40 anos de idade.

Trocaram telefones em um guardanapo de papel, Anália disse que ao chegar na cidade, ficaria na Delegacia para fazer o Boletim de Ocorrência. Javier ofereceu ajuda, o que Anália recusou, pois era advogada e saberia muito bem conduzir a situação além de ser amiga do Delegado da cidade.

Novamente subiram na moto e partiram rumo a cidadezinha, quando chegaram lá conforme o combinado Anália desceu da moto se despediu de Javier, que novamente se ofereceu para ajudar o que mais uma vez lhe foi negado, combinaram de se falar por telefone.

Anália entrou na Delegacia e Javier tomou o seu destino. Nunca aquele caminho lhe pareceu tão bonito, tanto que sem ele perceber logo estava de volta a sua cidade natal.

A semana passou depressa, Javier não conseguia tirar Anália dos seus pensamentos, sem aguentar esperar o final de semana, ligou para ela na quarta-feira, para a sua surpresa depois de diversas tentativas as chamadas caiam todas na caixa postal e assim ocorreu nos dias seguintes.

Se sentindo meio bobo por ter alimentado aqueles pensamentos, imaginou que ela tenha lhe dado um número inexistente, por não querer ser desagradável a ele. Porém, não havia o que a tirasse da sua mente.

Javier estava se sentindo como um adolescente e tomado por um impulso juvenil, no sábado bem cedo pegou a sua moto e seguiu rumo àquela cidadezinha mais uma vez, no intuito de se reencontrar com aquela mulher, por algum motivo precisava saber se ela estava bem.

No trajeto parou novamente naquela curva, pode observar os sinais na terra por onde a moto deslizou, o mato arrancado e até mesmo uma árvore caída dado o impacto, diante daquele quadro pensou que fora mesmo um milagre Anália ter sobrevivido, pois tudo levava a crer que ela estava muito rápida.

Ao chegar na cidade foi imediatamente a delegacia, afinal, não haveria lugar melhor para saber a respeito dela, pois provavelmente o Boletim de Ocorrência deva ter sido feito. O escrivão de plantão o atendeu e assim que Javier começou a narrar os fatos, o policial gritou muito alto chamando pelo Delegado que veio lentamente com uma cara de poucos amigos e totalmente desanimado.

- O que foi Brito, por que dessa gritaria toda?

- Doutor esse senhor aqui disse que viu Anália no domingo passado.

Imediatamente começou um interrogatório, o Delegado não acreditava em Javier, que contou a história várias vezes.

Não convencido o Delegado, o escrivão e Javier entraram na viatura e seguiram rumo ao local onde ocorreu o acidente, no caminho pararam na Padaria, o atendente confirmou que viu apenas Javier, que realmente ele pediu dois cafés, mas, que tomou apenas um e não reparou se ele estava com mais alguém.

Ao chegarem na curva onde Javier encontrou Anália, o Delegado desesperado observou a cena, entendeu que Anália deva ter realmente sofrido um acidente e imediatamente com muita destreza desceu pela encosta do desfiladeiro, quando chegou lá embaixo passou um rádio para que o Escrivão chamasse uma equipe de resgate pois ele tinha encontrado o corpo de Anália.

Javier estava atônito, o Delegado não subiu, ficou ao lado do corpo de Anália até que a equipe a resgatasse.

De volta a delegacia, o Delegado estava inconsolável e novamente quis conversar com Javier que mais uma vez contou toda a história. O Delegado pediu o número de telefone que Anália tinha passado a ele, para sua surpresa aquele número era o pessoal do Delegado, Anália naquele dia tinha esquecido de carregar o celular dela e pegou o do pai emprestado, porém, nem chegou a ligar o aparelho o que impediu que fosse rastreado.

Esse detalhe para o Delegado foi definitivo para acreditar em Javier, ninguém além da filha e da esposa têm esse número.

O Delegado pai de Anália agora chorava copiosamente nos braços de Javier que também não continha as lágrimas, o pai agradeceu a ajuda de Javier, pois fazia uma semana que ele não dormia procurando desesperadamente pela filha, ele e sua esposa estavam vivendo os piores dias das suas vidas.

Infelizmente a morte de Anália, mesmo não sendo desfecho que queriam, traria um alento para eles, do que jamais descobrir o que ocorreu.

Javier voltou para a sua casa muito triste, mas algo lhe trazia uma paz ao seu coração e assim seguiu os seus dias.

O Delegado seguindo seus instintos novamente refez os passos narrados por Javier, parou novamente na Padaria, sentou-se a mesma mesa e ali inconsolável pensou na sua filha, fez uma oração carregada com todo o amor que ele tinha por ela, assim que terminou a oração ao levantar a cabeça aos céus, observou que do outro lado da Rua bem de frente a Padaria tinha um poste com uma câmera de segurança na entrada de uma Fazenda que explora eucaliptos.

Ao chegar perto da câmera viu tratar-se de um modelo de última geração e de alta-definição, que é usada para dar zoom nas placas e dentro das cabines dos caminhões para reconhecimento facial dos motoristas.

Imediatamente aciona a empresa de segurança que opera o sistema e solicita a gravação do dia do acidente, por ser delegado e conhecido do dono da Fazenda, quase que imediatamente recebeu o arquivo digital.

Ao assistir o vídeo viu que a 7:00 horas sua filha passou em cima da sua moto em frente a fazenda e para o seu espanto viu quando Javier às 8:15 h chega acompanhado dela e pararem na Padaria, observou Javier adentrar a padaria conforme ele narrou e ali estava sua filha sentada olhando fixamente para a câmera e fazendo um aceno, então o Delegado dá um zoom na imagem e observa claramente que Anália através linguagem dos sinais ela lhe diz:

- Pai, me perdoe! Eu amo muito o senhor e a mamãe. Diz a ela que eu estou bem.

O Delegado ainda vê quando eles saem na moto e a filha lhe dá o último adeus.

Mentalmente se despede pela última vez da sua filha, agradece a Deus.

E grita:

- Brito, manda buscar o Javier pela última vez...

Silvio Klinguelfus Junior

MAIS UMA DESPEDIDA

 Essa semana que passou mais um grande amigo retornou para a Casa do Pai.


Eu me lembro muito bem do primeiro grande amigo que partiu de volta, o nome dele era Roberto Alegretti, tínhamos 16 anos de idade e até aquela idade eu ainda não tinha lidado com esse tipo de dor e infelizmente ela foi fortíssima.

E mesmo depois de quase 40 anos e de muitas outras despedidas, elas continuam sendo dolorosas para mim.

Obviamente que o entendimento é completamente outro, porém, a dor é igualzinha.

As amizades quando verdadeiras e vividas intensamente são preciosíssimas pois elas carregam o que temos de melhor.

Conforme o tempo vai se extinguindo para nós a chance de vivermos novas amizades também vai escasseando.

O Ademir Marques Penteado foi uma dessas amizades tardias, sempre falávamos que foi um presente de Deus essa oportunidade de nos encontrarmos, foram aproximadamente 15 anos de muito companheirismo, até parecia que nos conhecíamos a décadas.

Como explicar isso?

O que leva uma pessoa a se aproximar de outra com a qual não existia vínculo algum até então?
Agradeço ao Pai pelas minhas amizades.

Eu e meus amigos não somos perfeitos, mas, tal qual Deus faz para conosco, eu assumo aos meus amigos e os aceito como são e provavelmente eles assim o fazem para comigo.

Quer ter bons amigos?

Comece agora mesmo consigo mesmo, experiente ser verdadeiro, honesto e digno de confiança.

Acredite, vale muito a pena.

Um dia quando forem passar o filme da sua vida lá na eternidade, você terá muito mais coisas para se orgulhar do que se envergonhar.

Nesse momento ao me lembrar de cada um dos amigos que já regressaram ao Lar, é com carinho imenso que recordo das características marcantes de cada um deles.

Espero tê-los todos na plateia quando chegar o momento da minha Premier do lado de lá.

Imaginar essa reunião é um alento e tanto.

Ademir o convite já está feito.

Então até lá meu irmãozinho.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.

Silvio K. Jr.

16 de agosto de 2022

Dia dos Pais

 Dá série, contos do “Sírvião”


...



Enquanto isso, no Banco Imobiliário da vida...


Já era começo do anoitecer e defronte a uma famosa Padaria, de repente do nada surge um mendigo e começa a pedir.


O primeiro a passar é um catador de reciclável cuja a renda mensal não passa de um salário mínimo e logo o mendigo o aborda:


- Boa noite meu irmãozinho o senhor teria uma moeda para eu juntar e comprar um pão e matar a fome.


 O catador passa as mãos pelos bolsos e tira uma nota de R$5,00:


- Isso é tudo o que eu tenho, foi o que eu ganhei no dia de hoje, pode ficar para você. 


O mendigo retruca:


- Não posso aceitar, o senhor deve estar com fome tanto quanto eu.


O catador:


- Não se preocupe, eu graças a bondade de uma pessoa ganhei o que almoçar hoje, amanhã se Deus permitir eu consigo mais.


O mendigo:


- Que Deus lhe abençoe.


...


O próximo a chegar foi um gerente de uma empresa familiar, cuja a renda é de R$25.000,00 e tem como obrigação do cargo, centenas de problemas diários para resolver, entre eles naquele dia lidar com um grande empresário e em negociações duríssimas para compra da matéria prima para empresa que trabalha. 


E novamente a história se repete o mendigo conta que está com fome e lhe pede dinheiro.


O gerente que já estava de cara feia, acaba de fechá-la mais ainda, apalpa o bolso e tira uma moeda de um real do bolso e sem falar ou olhar para o mendigo dá a ele e segue estressado para dentro da Padaria.


O mendigo agradece e abençoa aquele gesto.


....


O terceiro a encostar foi um empresário dono de uma empresa de médio porte, que herdou do seu pai, e lhe proporciona uma renda mensal de R$100.000,00, um “bon vivant” e que costuma deixar os problemas sempre para os seus funcionários (ainda contratados pelo seu falecido pai e todos de confiança) resolverem, acredita que por serem bem remunerados eles que deem conta do recado. 


E a história se repete.


O empresário tira R$20,00 do bolso dá ao mendigo e pede para ele ir pedir esmola em outro lugar.


O mendigo:


- Obrigado senhor, que Deus lhe abençoe.


...


O quarto e último foi o dono da maior empresa da região, com uma renda de aproximadamente R$1.000.000,00, e que fornece matéria prima para muitas indústrias, se considera um vencedor por ter vindo do nada e chegado onde chegou, um negociador duro e implacável, porém, justo, tendo ajudado muitas empresas quando mais precisaram, principalmente quando os donos falecem e se encontram em dificuldades. 


Ele chegou com a sua família e foi abordado pelo mendigo.


Irritado com àquela abordagem inesperada, diz:


- Não tenho nada.


O mendigo:


- Obrigado senhor, que Deus lhe abençoe.


A filhinha de 5 anos do empresário ao descer do carro, abre a sua bolsinha cor de rosa e de dentro dela tira R$100,00 que ela havia ganho a pouco do pai e com um sorriso lindo no rosto, diz:


- Tome senhor, meu pai estava sem dinheiro, porque tinha dado a mim e por isso, não pode lhe ajudar.


O mendigo meio sem jeito não quis aceitar.


Mas, o empresário com cara de poucos amigos, disse:


- Pode ficar, é o desejo da minha filha.


E enfurecido, já que não podia fazer nada com relação ao ocorrido, pegou a filha pela mão e a puxou para dentro da Padaria, acompanhado da esposa e no caminho ainda resmungou em voz alta para si mesmo, que precisava falar com o Zé (dono da padaria) para colocar um segurança aqui na frente para não termos que passar por esse constrangimento.


O mendigo, novamente agradeceu e abençoou toda àquela família.


...


Naquela mesma noite os quatro envolvidos naquela história com o mendigo sofreram um mal súbito e faleceram.


...


Enquanto isso do lado de lá, no Banco da existência...


Lá estavam os quatro aguardando em uma fila e eis que surge a figura do Mendigo, só que agora não se parecia mais com um mendigo e dele se irradiava uma Luz muito brilhante e com o mesmo sorriso de meigo de outrora.


Ao se aproximar olhou para o catador de reciclagem, que abriu um sorriso e disse:


- Meu irmãozinho você também faleceu?


E o Mendigo:


- Podemos dizer que sim, faleci sim e iguais a você não morri.


O catador na sua simplicidade sem entender absolutamente nada, emendou:


- Bom pelo menos agora eu tenho um amigo aqui com quem conversar.


O Mendigo:


- Não tenha dúvida disso meu irmãozinho.


...


E o Mendigo continua e ao se aproximar do gerente, este por sua vez, já havia compreendido tudo o que estava acontecendo, já se demonstrava totalmente arrependido da sua atitude naquela noite.


- Me perdoe eu estava estressado demais.


O mendigo diz:


- Não há o que perdoar meu filho.


Nisso o catador de reciclagem diz:


- Meu amigo, esse rapaz aí, eu não sei o que ele lhe fez, mas, foi ele que me deu os R$5,00 que eu lhe passei e também o meu almoço de ontem.


O Mendigo diz ao gerente:


- Eu não disse que não há o que perdoar!


O gerente se ajoelha, recebe um afago nos cabelos, depois se levanta, abraça o Mendigo e o catador de reciclagem como em um gesto de gratidão eterna.


...


O Mendigo ao se deparar com o dono da empresa de médio porte, que também se demonstrava arrependido, vai logo dizendo:


- Meu Deus, o que eu fiz, nem tenho palavras para demonstrar todo o meu arrependimento pela minha atitude de ontem.


O Mendigo diz ao empresário:


- Não há o que perdoar meu filho.


Nesse momento o gerente então tocado pela atitude do catador de reciclagem, diz:


- Esse senhor é o meu patrão, trabalho há anos para a família dele e graças a eles eu pude ter uma vida digna, pois sempre fui juntamente com os outros funcionários da empresa muito bem remunerado e dessa forma pudemos dar oportunidades para os nossos filhos serem pessoas melhores. 


O Mendigo diz ao empresário:


- Eu não disse que não há o que perdoar!


O empresário assim como o gerente se ajoelha e também recebe um carinho em seus cabelos e ao se levantar se abraça ao Mendigo e aos outros dois em sinal de gratidão.


...


E, finalmente ao se aproximar do grande empresário, o qual estava em prantos não tendo conseguido pronunciar uma só palavra sequer. Era a mais pura expressão do arrependimento.


O Mendigo chega ao seu lado, abraça-o e diz:


- Não há o que perdoar meu filho.


A situação se repete, o empresário da empresa familiar se dirige ao Mendigo e conta:


- Esse senhor é o responsável pela minha empresa estar funcionando, quando meu pai faleceu e eu ainda estava perdido em como comandar a empresa, ele foi até lá, orientou a mim e aos meus funcionários como deveríamos proceder, nos concedeu matéria prima sem garantias de pagamento, e com o auxílio dele conseguimos nos reerguer e seguir em frente.


O Mendigo vira novamente para àquele grande empresário e diz:


- Eu não disse que não há o que perdoar!


E aquele grande empresário se ajoelha e igualmente recebe um carinho em sua cabeça e todos se abraçam com um enorme sentimento de gratidão.


...


Do lado de cá, aquela menininha filha do grande empresário, deitada em sua cama a tudo assistia e com lágrimas nos olhos e com um grande sorriso no rosto, diz:


- Papai, papai, até breve eu te amo. 


FELIZ DIA DOS PAIS.


Silvio Klinguelfus Jr.

Qual tipo de avião nós somos?

 Convido todos a fazerem uma pequena analogia.


Imaginem que fôssemos aviões.


E que todos nós decolamos "COM A MESMA QUANTIDADE DE COMBUSTÍVEL EM NOSSOS TANQUES”, porém, durante o voo podemos optar por qual tipo de avião desejamos ser.


Alguns se transformam:


- em aviões gigantescos, capazes de enfrentar grandes tempestades, destemidos e imponentes, porém, sem grande autonomia de voo.


- em jatos robustos, velozes e intimidadores, mas que queimam combustível com rapidez.


- em aviões de carga, que levam inutilmente todo o peso extra e problemas dos demais, consequentemente não conseguem alçar voos muito altos e a grandes distâncias.


- em teco-tecos, pequenos e frágeis, porém, que voam leves, sem pesos desnecessários, capazes de se adaptarem as condições adversas com grande inteligência e diante de tempestades procuram por alternativas viáveis para contorna-las e seguirem em frente. Como resultado conseguem ir mais longe e mesmo quando o combustível acaba, são capazes de planar ainda por um tempo razoável, a ponto de aterrizarem próximos ou até mesmo no destino final sem grandes avarias.


E você, em qual desses tipos de aviões se transformou durante esse voo chamado vida e com destino a eternidade?


Nenhum avião voará para sempre.


Pensem nisso! 


Viaje leve. 


Não acumule conhecimento, compartilhe!


Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.


Silvio K. Jr.

1 de março de 2022

ORAÇÃO = PRECE + AÇÃO


Senhor perdão por todos os meus gestos, atitudes e pensamentos nesse dia.


Como é difícil escolher o caminho mais fácil; depois que temos nossas vidas tocadas precisamos encontrar meios para servir e praticar a caridade.


De nada adianta orarmos, se não fazemos nada para ajudar a nossos irmãos.


A cada dia que passa, descubro que minha luta para se tornar uma pessoa melhor é solitária e árdua. Incrível como a vaidade e o orgulho toma conta facilmente do nosso ser.


Eu tenho consciência, que o meu maior desafio é superar-me a mim mesmo. Até agora, essa foi à forma que eu encontrei para fazer isso.


Como diz o ditado:


“O maior cego é aquele que não quer ver; E o pior cego é aquele que só vê o que lhe interessa”.


A alma grita por ajuda através dos olhos, sem que para isso, seja preciso a pessoa dizer uma única palavra. Basta observar.


Todos nós somos capazes de perceber, só que não queremos ver, pois é muito mais fácil não se envolver.


Assim, que tenhamos todos verdadeiramente olhos de ver, e ouvidos de ouvir... 


Só você basta, não precisa provar nada para ninguém. 


Já aprendi o suficiente, para entender que:


- Tudo tem o seu tempo, que não cabe a mim, julgar ninguém;


- Necessário se faz ser indulgente, pois com certeza, em algum momento podemos estar do outro lado;


- Desnecessário tentar convencer ninguém sobre qualquer assunto e muito menos ter razão sobre tudo (esse aprendizado foi difícil para mim); 


- A minha verdade é diferente da verdade do outro, que tudo depende de como encaramos; 


- Eu só irei conseguir demonstrar ao outro como ele está errado, através das minhas atitudes e dos meus atos;


- Não adianta, não querer aprender, é inevitável, a minha lição veio pela dor e ela foi uma benção.


Existe uma grande diferença entre pensar e refletir:


- Quando refletimos, desenvolvemos autoconhecimento, para tanto utilizamos da nossa capacidade de discernir e concatenar as ideias afim que possamos avaliar nossos atos, invariavelmente baseados em nossa própria experiência.


- Quando pensamos, normalmente utilizamo-nos de raciocínio, da lógica e do nosso conhecimento empírico, para resolvermos os desafios que temos que enfrentar durante a nossa existência.


Então, nesse momento exercendo a reflexão, cheguei à conclusão, que sou um cara que só tenho a agradecer a Deus, por tudo que ele fez em minha vida.


Que Deus nos abençoe hoje e sempre.


Silvio K. Jr.