Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

19 de fevereiro de 2017

METANOIA.

Fico receoso ao enviar meus textos, que alguém os interprete como sendo para si, quando na realidade (já escrevi sobre isso por aqui), meus textos são frutos das minhas reflexões íntimas, portanto, em essência, são escritos para mim mesmo. Acho prudente sempre trazer esse assunto à tona, dado o número de vezes que me questionam se determinado texto foi específico para alguém.

Isto posto, o título deste texto traz a palavra “metanoia” a qual tem origem grega, e expressa mudança de comportamento ou mentalidade. Eu, assim como a imensa maioria de nós, nunca havia dado maior importância à vida e aos valores que transcendem a matéria. Não se iludam, cedo ou tarde, chegara o momento em que seremos chamados a refletir sobre esses temas, o ideal é que nos preparássemos para quando ocorrer, mas, infelizmente não foi diferente comigo.

Enfim, tome uma decisão sensata na sua vida, valorize-a. Compreenda que estamos de passagem por aqui, que os bens materiais são transitórios, já os espirituais são permanentes; o dinheiro torna os homens ricos, o conhecimento transforma os homens em inteligentes e a humildade nos traz sabedoria*, assim, aprenda a servir, procure evoluir espiritualmente, sempre subordinado a Lei do Amor. Podemos até ter o conhecimento sobre muitas coisas, mas, se não soubermos amar, de nada adiantará. Simples assim.

Há sem dúvidas, várias formas para nossa mudança íntima, algumas até se parecem com receitas de bolo, fórmulas químicas e até mesmo mágicas, entretanto, ela depende exclusivamente de nós, do nosso esforço em querer mudar em nos autoconhecermos, e nada melhor que nos guiarmos através de exemplos concretos, e o maior de todos para mim, sem dúvida é Jesus.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.


Silvio Klinguelfus Junior

ps. Grato como sempre ao Dr. Plínio e as suas palavras maravilhosas que sempre tocam o coração.

* Adaptação: "O dinheiro faz homens ricos; O conhecimento faz homens sábios; A humildade faz Grandes Homens. Mahatma Gandhi."

11 de fevereiro de 2017

Sobre o passado...

Relembrando a minha vida, não me recordo de ter passado nela alguma necessidade, Deus foi bom demais para comigo. Antes que comecem a crucificação, só para que fique bem entendido, que quando digo: necessidade alguma, diz respeito à nunca ter vivido na miséria total e passado fome, entretanto, a minha vida e dos meus irmãos sempre foi justa, ou seja, sempre tivemos exatamente o necessário, nada mais, em qualquer que seja o quesito a ser analisado, não importa se material ou emocional.

Atualmente tenho a absoluta certeza que viveria muito mais feliz somente com o extremamente necessário e isso nada tem a ver com apologia a pobreza e sim com a simplicidade das coisas. Em algum momento, nós ficamos frescos demais, nada pode atualmente, basta apenas uma palavra mal colocada e já é motivo para reclamações, nós e nossos familiares em sua maioria vivíamos sem floreios, todos sabiam o que tínhamos que fazer para ser alguém decente na vida, das dificuldades da família e do esforço conjunto para se adquirir alguma coisa, quiçá, conseguir formar um filho na universidade, todos nós limpávamos a bunda com papel higiênico primavera, leia-se lixa e que eu saiba ninguém morreu.

Criávamos galinhas no quintal que eram alimentadas com restos de comida e alguns insetos que elas encontravam, aliás, não só elas o nossos cachorrinhos também, pasmem, comiam até ossos de frango, engasgavam, mas tenho a sensação que eles também eram mais felizes. Os almoços de domingo em sua maioria eram acompanhados da boa e velha macarronada e da famigerada, mas, saudável laranjada servida em jarra plástica, e, é claro que não podia faltar o prato principal o frango criado no quintal. Confesso que já chorei quando soube que o almoço era o “garnisé” que eu vi nascer e crescer e também ri muito da cara de nojo da minha irmã por ter que comer uma daquelas galinhas, uma vez que no dia anterior havíamos presenciado elas (galinhas) participarem de um banquete com baratas.

E hoje? Damos tantas coisas para nossos filhos, incluindo ai amor em demasia, proteção em excesso e broncas de menos; matamo-nos de trabalhar para conseguir coisas que depois ficam jogadas por um longo tempo antes de virarem lixo; parece que nada mais tem graça para nossos filhos. Nós deixamos o mundo sem graça para eles, criamos uma geração sem ambição, pois, tudo ficou muito fácil, sem cor, e por mais paradoxal que possa parecer, para eles o pouco com luxo lhes basta.

Inacreditável, não é? Uma inversão tremenda de valores. Ultimamente diante da crise que assola a todos no Brasil, venho infelizmente presenciando o sofrimento de alguns amigos pela cobrança que fazem de si mesmos, por não poderem dar aos seus filhos aquilo que não tiveram, e, entretanto, se esquecem de dar a eles o que tiveram.

Uma pena. Sofremos todos, pais e filhos.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.

Silvio Klinguelfus Junior