Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

25 de fevereiro de 2016

Caridade!

Qualquer um que tenha o mínimo de compaixão consegue perceber quando o outro não está bem, basta olhar em seus olhos, verdadeiras janelas da alma, através das quais conseguimos ver a essência do que carregam. Nos últimos tempos não tem sido fácil agir desta maneira, chega a ser insuportável.

Não há como não compadecer-se, diante do sofrimento que carregam, são olhares que não se sustentam, caídos e carregados de tristeza, basta alguns segundos a observá-los e lá estão eles marejados, os deles e os meus. Na maioria das vezes gritando de forma silenciosa por ajuda.

A crise financeira assola com a dignidade das pessoas; como ficar impassível diante do sofrimento de um pai que não consegue dar o sustento básico a um filho, é uma dor que corrói as entranhas, basta que por um minuto nos coloquemos no lugar dele; imaginem como deve ser acordar e não ter mais nada para chamar de seu, nem esposa, nem filhos, nem o cachorro.

Me entristece muito ver uma empresa nova ou antiga, seja ela qual for e de quem quer que seja, vir a falir, fechando 70, 90, sei lá 150 postos de trabalhos; quantas e quantas famílias vão sofrer nesse processo triste e doloroso.

Horrível ver os seus proprietários naufragarem em um mar dívidas tentando salvar o resto da dignidade que ainda lhes restam, e, tão ruim quanto, é ver que muitos que estavam no mesmo barco, não percebam esse esforço.

Dói muito em mim, contamina minha alma. Não tenho muito, apenas meu coração, meus ombros e braços a oferecer-lhes, eles carregam a minha fé e também a esperança por dias melhores, e certamente eles virão, pois por de trás de absolutamente tudo, sempre existe a vontade oculta de Deus.

A vocês meus amigos que me leem, por favor, sejam caridosos.

¨A caridade é paciente; é doce e benfazeja; a caridade não é invejosa;
não é temerária e precipitada; não se enche de orgulho;
não é desdenhosa; não procura seus próprios interesses;
não se melindra e não se irrita com nada;
não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;
tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.”


Caridade... eis a nossa salvação!

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe.


Silvio Klinguelfus Junior

13 de fevereiro de 2016

Sonho ou pesadelo.

Eu tenho um dom. Isto é fato. E nada de Divino há nele.

Eu tenho o dom de enxergar pessoas iguais a mim.

Deixe-me explicar melhor, depois de tudo que eu passei no quesito dor, acabei através dela, a entender o que é preciso para ser humilde, e, posteriormente pelo meu desejo íntimo em mudar, compreendi que esse é o caminho; o que não significa dizer que consegui, longe disto.

Procurando provar a mim mesmo essas palavras, procurei algumas fotos antigas minhas e as comparei com as novas, inacreditável como a expressão do meu olhar é totalmente outra.

Quero dizer com tudo isto, que sim, luto constantemente contra o orgulho e a vaidade, que são muito latentes em mim, só que agora como réu confesso, trabalho para mantê-los em níveis controlados. Após comparar as minhas fotos, acredito estar no caminho correto, uma vez que aquele olhar altivo que aparece na maioria das fotos antigas, aparentemente não existe mais.

Mas como eu estava dizendo, eu tenho um dom, o de enxergar pessoas iguais a mim, e não existe nada de miraculoso nisto, simplesmente consigo essa façanha ao observar os olhos de alguém, identificando imediatamente a mesma expressão que eu tinha e que luto para não voltar a ter em meu olhar. Funciona, já testei inúmeras vezes, não falha, basta alguns minutinhos de conversa para comprovar, o mais engraçado é que nós pessoas orgulhosas ou vaidosas nos atraímos mutuamente e estamos sempre juntos.

Este dom que eu possuo é um pesadelo, pois não posso sair falando para o outro que ele é orgulhoso ou vaidoso e se continuar por este caminho encontrará certamente uma curva com o ângulo invertido, tal qual aconteceu comigo, que o fará perder o controle da própria vida, e podem acreditar, para um ser orgulhoso nada pode ser pior do que não estar no controle; o ideal seria que ninguém precisasse da dor para mudar, que para tanto bastasse apenas o amor, aliás, admiro profundamente àqueles que conseguem. Aqui cabe um parêntese, não faço apologia a dor, não é para ninguém sair se mutilando, o que eu quero dizer é que a dor, pode ser um instrumento muito útil de aprendizado, mas primeiro precisamos aceita-la, para que possamos encontrar saídas.

Desta forma, sigo em frente, tropeçando bastante é bem verdade, entretanto, agradeço a Deus por todos que em algum momento cruzaram o meu caminho, pela possibilidade que isto nos dá de aprendermos uns com os outros, através de nossos exemplos a como nos tornamos pessoas melhores.

Eu acredito verdadeiramente na força do amor que Jesus Cristo nos ensinou, assim aprendendo a amar nos transformamos, e quando isto ocorre evoluímos e deixamos para trás todo nosso orgulho, vaidade e egoísmo, que tanto mal faz a nós mesmos e, por conseguinte a humanidade.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.


Silvio Klinguelfus Júnior

7 de fevereiro de 2016

Mentir para si mesmo.

Vivo tentando ao máximo, ser sensato e equilibrado em meu dia a dia, confesso, não é nada fácil, principalmente pela carga pesada do passado que teimo em levar comigo, a qual já poderia ter sido eliminada há muito tempo, e, também pelas tribulações e vicissitudes que se apresentam durante a caminhada.

Já disse outras vezes, que se Deus me concedesse o direito a escolher uma virtude, que escolheria sem pestanejar a “coragem”.

Não é fácil abrir a porta da casa e sair para rua, imbuído do dever e da responsabilidade de se apresentar sempre com coragem, seja aonde for.

Dizem que a vida é muita curta, desta forma, sejamos, pois, práticos e inteligentes para transformá-la em intensa, a começar por abandonarmos a ignorância, afinal, sem exceção tudo aquilo que plantamos iremos colher, assim devemos ser mais humanos e afetivos e passarmos a viver verdadeiramente a construção do amor que Jesus nos ensinou, utilizando-se sempre dá fé como instrumento de comunicação.

Na maioria das vezes a solução para os nossos problemas estão bem a nossa frente, mas, provavelmente devemos adorar esse lado meio mórbido que nós temos, fazemos de tudo para não a enxergarmos, e assim seguimos por um tempo precioso, nos lamuriando deles. Agindo desta maneira, estamos mentindo o que por si só já é ruim, agora, mentir para si mesmo é potencializar o mal.

Quanto a mim, irei continuar abrindo todos os dias a porta da frente da minha casa, saindo para vida, pedindo a Deus que me conceda coragem por mais um dia, e ao retornar sempre agradecê-lo, não sem antes pedir-lhe perdão pelas minhas falhas, que invariavelmente são muitas.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe.


Silvio Klinguelfus Junior.