Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

16 de agosto de 2022

Dia dos Pais

 Dá série, contos do “Sírvião”


...



Enquanto isso, no Banco Imobiliário da vida...


Já era começo do anoitecer e defronte a uma famosa Padaria, de repente do nada surge um mendigo e começa a pedir.


O primeiro a passar é um catador de reciclável cuja a renda mensal não passa de um salário mínimo e logo o mendigo o aborda:


- Boa noite meu irmãozinho o senhor teria uma moeda para eu juntar e comprar um pão e matar a fome.


 O catador passa as mãos pelos bolsos e tira uma nota de R$5,00:


- Isso é tudo o que eu tenho, foi o que eu ganhei no dia de hoje, pode ficar para você. 


O mendigo retruca:


- Não posso aceitar, o senhor deve estar com fome tanto quanto eu.


O catador:


- Não se preocupe, eu graças a bondade de uma pessoa ganhei o que almoçar hoje, amanhã se Deus permitir eu consigo mais.


O mendigo:


- Que Deus lhe abençoe.


...


O próximo a chegar foi um gerente de uma empresa familiar, cuja a renda é de R$25.000,00 e tem como obrigação do cargo, centenas de problemas diários para resolver, entre eles naquele dia lidar com um grande empresário e em negociações duríssimas para compra da matéria prima para empresa que trabalha. 


E novamente a história se repete o mendigo conta que está com fome e lhe pede dinheiro.


O gerente que já estava de cara feia, acaba de fechá-la mais ainda, apalpa o bolso e tira uma moeda de um real do bolso e sem falar ou olhar para o mendigo dá a ele e segue estressado para dentro da Padaria.


O mendigo agradece e abençoa aquele gesto.


....


O terceiro a encostar foi um empresário dono de uma empresa de médio porte, que herdou do seu pai, e lhe proporciona uma renda mensal de R$100.000,00, um “bon vivant” e que costuma deixar os problemas sempre para os seus funcionários (ainda contratados pelo seu falecido pai e todos de confiança) resolverem, acredita que por serem bem remunerados eles que deem conta do recado. 


E a história se repete.


O empresário tira R$20,00 do bolso dá ao mendigo e pede para ele ir pedir esmola em outro lugar.


O mendigo:


- Obrigado senhor, que Deus lhe abençoe.


...


O quarto e último foi o dono da maior empresa da região, com uma renda de aproximadamente R$1.000.000,00, e que fornece matéria prima para muitas indústrias, se considera um vencedor por ter vindo do nada e chegado onde chegou, um negociador duro e implacável, porém, justo, tendo ajudado muitas empresas quando mais precisaram, principalmente quando os donos falecem e se encontram em dificuldades. 


Ele chegou com a sua família e foi abordado pelo mendigo.


Irritado com àquela abordagem inesperada, diz:


- Não tenho nada.


O mendigo:


- Obrigado senhor, que Deus lhe abençoe.


A filhinha de 5 anos do empresário ao descer do carro, abre a sua bolsinha cor de rosa e de dentro dela tira R$100,00 que ela havia ganho a pouco do pai e com um sorriso lindo no rosto, diz:


- Tome senhor, meu pai estava sem dinheiro, porque tinha dado a mim e por isso, não pode lhe ajudar.


O mendigo meio sem jeito não quis aceitar.


Mas, o empresário com cara de poucos amigos, disse:


- Pode ficar, é o desejo da minha filha.


E enfurecido, já que não podia fazer nada com relação ao ocorrido, pegou a filha pela mão e a puxou para dentro da Padaria, acompanhado da esposa e no caminho ainda resmungou em voz alta para si mesmo, que precisava falar com o Zé (dono da padaria) para colocar um segurança aqui na frente para não termos que passar por esse constrangimento.


O mendigo, novamente agradeceu e abençoou toda àquela família.


...


Naquela mesma noite os quatro envolvidos naquela história com o mendigo sofreram um mal súbito e faleceram.


...


Enquanto isso do lado de lá, no Banco da existência...


Lá estavam os quatro aguardando em uma fila e eis que surge a figura do Mendigo, só que agora não se parecia mais com um mendigo e dele se irradiava uma Luz muito brilhante e com o mesmo sorriso de meigo de outrora.


Ao se aproximar olhou para o catador de reciclagem, que abriu um sorriso e disse:


- Meu irmãozinho você também faleceu?


E o Mendigo:


- Podemos dizer que sim, faleci sim e iguais a você não morri.


O catador na sua simplicidade sem entender absolutamente nada, emendou:


- Bom pelo menos agora eu tenho um amigo aqui com quem conversar.


O Mendigo:


- Não tenha dúvida disso meu irmãozinho.


...


E o Mendigo continua e ao se aproximar do gerente, este por sua vez, já havia compreendido tudo o que estava acontecendo, já se demonstrava totalmente arrependido da sua atitude naquela noite.


- Me perdoe eu estava estressado demais.


O mendigo diz:


- Não há o que perdoar meu filho.


Nisso o catador de reciclagem diz:


- Meu amigo, esse rapaz aí, eu não sei o que ele lhe fez, mas, foi ele que me deu os R$5,00 que eu lhe passei e também o meu almoço de ontem.


O Mendigo diz ao gerente:


- Eu não disse que não há o que perdoar!


O gerente se ajoelha, recebe um afago nos cabelos, depois se levanta, abraça o Mendigo e o catador de reciclagem como em um gesto de gratidão eterna.


...


O Mendigo ao se deparar com o dono da empresa de médio porte, que também se demonstrava arrependido, vai logo dizendo:


- Meu Deus, o que eu fiz, nem tenho palavras para demonstrar todo o meu arrependimento pela minha atitude de ontem.


O Mendigo diz ao empresário:


- Não há o que perdoar meu filho.


Nesse momento o gerente então tocado pela atitude do catador de reciclagem, diz:


- Esse senhor é o meu patrão, trabalho há anos para a família dele e graças a eles eu pude ter uma vida digna, pois sempre fui juntamente com os outros funcionários da empresa muito bem remunerado e dessa forma pudemos dar oportunidades para os nossos filhos serem pessoas melhores. 


O Mendigo diz ao empresário:


- Eu não disse que não há o que perdoar!


O empresário assim como o gerente se ajoelha e também recebe um carinho em seus cabelos e ao se levantar se abraça ao Mendigo e aos outros dois em sinal de gratidão.


...


E, finalmente ao se aproximar do grande empresário, o qual estava em prantos não tendo conseguido pronunciar uma só palavra sequer. Era a mais pura expressão do arrependimento.


O Mendigo chega ao seu lado, abraça-o e diz:


- Não há o que perdoar meu filho.


A situação se repete, o empresário da empresa familiar se dirige ao Mendigo e conta:


- Esse senhor é o responsável pela minha empresa estar funcionando, quando meu pai faleceu e eu ainda estava perdido em como comandar a empresa, ele foi até lá, orientou a mim e aos meus funcionários como deveríamos proceder, nos concedeu matéria prima sem garantias de pagamento, e com o auxílio dele conseguimos nos reerguer e seguir em frente.


O Mendigo vira novamente para àquele grande empresário e diz:


- Eu não disse que não há o que perdoar!


E aquele grande empresário se ajoelha e igualmente recebe um carinho em sua cabeça e todos se abraçam com um enorme sentimento de gratidão.


...


Do lado de cá, aquela menininha filha do grande empresário, deitada em sua cama a tudo assistia e com lágrimas nos olhos e com um grande sorriso no rosto, diz:


- Papai, papai, até breve eu te amo. 


FELIZ DIA DOS PAIS.


Silvio Klinguelfus Jr.

Qual tipo de avião nós somos?

 Convido todos a fazerem uma pequena analogia.


Imaginem que fôssemos aviões.


E que todos nós decolamos "COM A MESMA QUANTIDADE DE COMBUSTÍVEL EM NOSSOS TANQUES”, porém, durante o voo podemos optar por qual tipo de avião desejamos ser.


Alguns se transformam:


- em aviões gigantescos, capazes de enfrentar grandes tempestades, destemidos e imponentes, porém, sem grande autonomia de voo.


- em jatos robustos, velozes e intimidadores, mas que queimam combustível com rapidez.


- em aviões de carga, que levam inutilmente todo o peso extra e problemas dos demais, consequentemente não conseguem alçar voos muito altos e a grandes distâncias.


- em teco-tecos, pequenos e frágeis, porém, que voam leves, sem pesos desnecessários, capazes de se adaptarem as condições adversas com grande inteligência e diante de tempestades procuram por alternativas viáveis para contorna-las e seguirem em frente. Como resultado conseguem ir mais longe e mesmo quando o combustível acaba, são capazes de planar ainda por um tempo razoável, a ponto de aterrizarem próximos ou até mesmo no destino final sem grandes avarias.


E você, em qual desses tipos de aviões se transformou durante esse voo chamado vida e com destino a eternidade?


Nenhum avião voará para sempre.


Pensem nisso! 


Viaje leve. 


Não acumule conhecimento, compartilhe!


Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.


Silvio K. Jr.