São
6:00 horas da manhã e há muito que o sol já brilha alto na cidade de Fortaleza –
CE., Arnaldo aprecia de dentro da sua cobertura ainda deitado na cama o oceano Atlântico
até onde a sua vista podia alcançar, o céu estava azulzíssimo e como se dizia
antigamente verdadeiro céu de brigadeiro.
Ali
envolto em seus pensamentos é surpreendido pelo filho de 8 anos de idade, que
vem se despedir, pois estava saindo para ir à escola, logo a esposa também o
faz.
Aproveitando
que a esposa e filho saíram, Arnaldo se levanta, se dirige a varanda, respira
fundo e de novo admira aquela imensidão azul a sua frente e pensa consigo mesmo
que se Deus é tão bom e capaz de fazer maravilhas como essas, porque não
responde as suas perguntas. Logo vem a sua mente pensamentos sombrios, lembra
da sua empresa que está prestes a decretar falência. Como contar a esposa que
precisarão voltar de onde vieram, como começar tudo de novo já na casa dos 50
anos de idade, como ver o seu filho sofrer privações, como ter que demitir
funcionários que começaram àquele negócio junto com ele há mais de 20 anos. Como,
meu Deus?
E os
pensamentos vão se tornando cada vez piores e de repente a ideia de suicídio
toma conta de tudo, resolve subir no parapeito, no que toca o interfone, trazendo-o
de volta a realidade do momento, era o porteiro trazendo o jornal e as correspondências
do dia, fato esse que nunca ocorria, mas como o porteiro precisou subir para levar
uma encomenda para a cobertura vizinha, resolveu levar também as coisas do Sr.
Arnaldo. Ele agradece ao porteiro, dá uma olha desinteressada pelo jornal e nas
correspondências, joga-os sobre a mesa da sala de jantar e novamente sua mente é
tomada de assalto pelos mesmos pensamentos de a pouco.
Agora
na varanda da sala do alto dos 30 andares do prédio, observa as pessoas correndo
pela orla, por um momento pensa em sair para correr, foi em vão, mais uma vez
não encontrando saídas a sua mente enuvia-se e agora utilizando-se de uma mesinha
como apoio, sobe outra vez ao parapeito e novamente o interfone toca, agora era
a faxineira que sempre ia as sextas-feiras, mas que essa semana teve que
antecipar um dia para a ir a uma consulta médica, a esposa de Arnaldo tinha lhe
avisado, mas ele havia se esquecido completamente.
E
assim, Arnaldo não teve alternativa a não ser se arrumar e seguir para a
empresa que ficava há aproximadamente uma hora de distância da sua casa, localizada
no polo petroquímico do Estado a quase 60 quilômetros e para lá que ele seguia
naquele dia, já a sede fica mais próxima, no Distrito industrial da capital
cearense.
Durante
o trajeto, infelizmente os pensamentos não lhe davam sossego e depois de passar
por um dos milhares de buracos existentes naquela via, teve o eixo dianteiro da
sua caminhonete arrebentado o que obviamente forçou a parar.
Tratava-se
de um lugar ermo distante ainda uns 20 quilômetros do polo petroquímico, praguejou
a respeito daqueles buracos na estrada que se não fossem eles o trajeto que
demora uma hora ou mais, não passaria de 30 minutos, porém, o descaso é imenso.
Pela primeira vez no dia os seus pensamentos não eram a respeito de suicídio,
chamou o resgate e ouviu a mensagem eletrônica que o atendimento presencial começaria
a partir das 8:00 horas e ainda faltava aproximadamente uma hora, se fosse
urgente, poderia chamar um outro número dizia a mensagem, sem ter muito o que
fazer e sabedor que não adiantaria muito insistir, resolveu esperar o tempo passar
e caminhar pela praia, tirou os tênis, a camisa social, ficando apenas de camiseta
que vestia por de baixo e com a calça, e seguiu rumo ao mar, sem lenço e nem
documento.
Pensou
consigo mesmo que fazia anos que não caminhava e muito menos tomava um banho de
mar, olhou para todos os lados, ninguém a vista, despiu-se ficou apenas de
cueca e entrou no mar. Entre um mergulho e outro entrava cada vez mais para o
fundo, quando de repente foi colhido por uma corrente marinha fortíssima que o
levou para bem longe da praia, Arnaldo filho de pescador era um nadador experiente
e acostumado com a correnteza, assim deixou-se levar sem entrar em desespero,
quando percebeu que a corrente arrefeceu, conseguiu nadar em direção a costa
que estava bem distante, do alto mar onde estava, pode ao longe de um lado observar
a cidade de Fortaleza e do outro lado o polo petroquímico, e ali no meio do
nada, os pensamentos sombrios voltaram a sua mente, pensou que se deixasse
morrer ali, que dificilmente o achariam, que provavelmente viraria comida de
peixes. Estava boiando pensando em como fazer para se afogar, porém é
surpreendido por uma voz, voltando a si, observa uma jangada de pescador se
aproximando, Arnaldo foi resgatado e para sua surpresa por um amigo longínquo da
sua infância, imediatamente se reconheceram, Zezinho fez muita festa para o amigo
que retribuiu àquela verdadeira e esfuziante acolhida. Fazia muito tempo que ele
não se sentia tão bem, Zezinho estava voltando da pescaria e Arnaldo se deixou
levar para a vila de pescadores onde nasceu.
No
caminho até a Vila em alguns momentos Arnaldo pensava em Deus em como ele podia
tê-lo abandonado daquele jeito.
Quando
chegaram na vila, Zezinho emprestou um short para Arnaldo, os moradores fizeram
festa para o filho ilustre daquela comunidade que há muito não aparecia por lá,
alguns parentes de Arnaldo fizeram questão de apresentar os primos mais novos e
assim o dia passou sem mais nenhum pensamento de suicídio a povoar a sua mente.
Sem dúvida foi um dos dias mais felizes dos últimos tempos.
Da
vila Arnaldo comunicou a empresa que mandou um funcionário resgatar a sua caminhonete,
avisou a esposa que estava na Vila dos Pescadores onde nasceu e que sairia para
alto mar na companhia do Zezinho seu amigo de infância no dia seguinte
retornando dois dias depois, voltando ainda a tempo para o almoço de domingo.
Sua esposa a princípio estranhou àquela atitude, ainda mais que fazia anos que
Arnaldo não pisava por lá. Porém, algo lhe dizia em seu coração que não devia
intervir, pois pela primeira vez depois de muito tempo notou a alegria de volta
a voz do marido.
Dessa forma,
depois de muita festa durante o dia e a noite na Vila, no dia seguinte seguiram
rumo ao alto mar para a lida de pescador. Foram horas de alento para Arnaldo
que se deixou levar pelo momento, aproveitou cada segundo, riu, chorou, se
divertiu, trabalhou duro é bem verdade, porém, os seus pensamentos lhe deram
uma trégua necessária.
Na
noite de sábado depois de terem jogado a rede, Zezinho resolveu se deitar um
pouco e Arnaldo também o fez, ali deitado na jangada e observando a Lua que
estava cheia justamente a melhor para pesca em alto mar, naquele sossego no balançar
do mar, longe dos pensamentos sombrios que povoavam sua mente incessantemente,
teve uma ideia brilhante de como sair daquele imbróglio que tinha se metido,
não acreditava como não havia pensado antes naquela solução, que beirava o absurdo
de tão simples, se não fosse o seu orgulho besta, já podia ter resolvido isso a
muito tempo.
E
ainda pensativo, deitado na jangada Arnaldo teve, podemos assim dizer, um outro
momento de iluminação, reconheceu que Deus jamais o havia abandonado, que fora
Ele quem mandou o porteiro, depois a faxineira, o Zezinho e até mesmo àquele
maldito buraco na estrada, para evitar que ele atentasse contra a sua própria
vida.
Grato
ao Pai, eleva os seus pensamentos em agradecimento.
De
volta a terra firme, se despede do Zezinho e dos amigos da Vila sob a promessa
de voltar em breve para novas aventuras, já em sua casa abraça carinhosamente
ao filho e esposa, tem um domingo maravilhoso ao lado da família, saem para
passear na orla, vão jantar, ali estava um homem feliz, uma família feliz.
Na
segunda-feira logo no primeiro horário, Arnaldo toma todas as providências para
colocar sua ideia em prática e passadas quase duas semanas estava com a sua vida
completamente estável, é bem verdade, que não era mais o dono da empresa.
Entretanto, não precisava mais dela, com a concretização da fusão da sua
empresa com a sua maior concorrente, ele conseguiu garantir o emprego dos seus
funcionários e agora tinha mais do que necessário para viver junto a sua esposa
e filho, quiçá, até mesmo começar em um novo ramo, ou melhor, em um novo velho
ramo, o da pesca, experiência e verdadeiros amigos não lhe faltavam para ajudar.
Graças
a Jesus Cristo.
Graças
a Deus.
Um
beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.
Silvio
Klinguelfus Junior
De mim, para comigo mesmo.
Eu já aprendi e apreendi que a nossa missão nunca é cumprida ela é sempre comprida.
Nascer, morrer e renascer...
Acreditem, nada, absolutamente nada é por acaso.
A ecologia do ventre é a ecologia do mundo. (Infelizmente não conheço o autor dessa frase).
Cuidemos pois dos nossos filhos, sejamos bons exemplos para eles.
Como essa mensagem lhe encontrou nesse exato momento?
Não importa!
Essa mensagem leva o meu melhor, ela carrega o meu sentimento, realmente eu me importo com vocês.
Assim, convide Jesus para lê-la ao seu lado.
Eu desejo de todo o meu coração que essa semana que está começando seja para você e para a sua linda família seja maravilhosa e repleta de bênçãos.
Que nós consigamos juntos com a ajuda do Pai mudar o nosso padrão vibratório.
Que possamos parar e avaliar as nossas atitudes e em como podemos incluir todos que caminham ao nosso lado em nossas vidas.
Ilumine-se!
- Coração (Amor)
- Respiração (Ternura)
- Compaixão (Não julgar)
Cuidemos mais de nós mesmos.
Aprendamos a escutar e interpretar.
Que possamos todos nos tornar torne leitores de almas.
Sejamos capazes de sentir a dor do outro, para que possamos de alguma forma ajudá-los.
Quando aprendemos a interpretar, nunca mais nos deixamos soterrar pelo peso dos nossos próprios pensamentos.
O primeiro passo para nos melhorarmos é procurar por ajuda.
Abençoe e serás abençoado.
Aprenda a abençoar.
Deus te abençoe. Quando dizemos isso, afirmamos que estamos com o outro.
Abençoe os teus filhos, seus cônjuges, sua família e amigos.
Abençoar significa eu te vejo.
Olhe nos olhos e diga:
Eu te abençoo, eu te vejo, eu me importo.
Deixemos de ser pecadores
Passemos ser pescadores.
Pescadores de Almas.
Sigamos o exemplo de Jesus.
Um beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.
Silvio K. Jr.
Nenhum comentário:
Postar um comentário