Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

22 de novembro de 2011

Solidariedade, perdão e arrependimento.

Essa semana começou com algumas notícias tristes, pessoas queridas, estão passando por momentos turbulentos na seara da saúde, e espero que logo, logo, voltem ao habitual voo de cruzeiro, das suas vidas.

A vocês meus amigos, peço a Deus que ilumine seus caminhos e que lhes conceda breve e plena recuperação; por favor, me desculpem aqueles que não consegui ainda visitar, sintam-se abraçados fraternalmente.

Para aqueles que estão me lendo nesse momento, e que felizmente não passaram por momentos difíceis, gostaria de externar a vocês, o quão importante é para uma pessoa enferma, sentir-se valorizada, querida, e para tanto não precisa de muito, um simples aperto de mão um pouco mais demorado, um abraço carinhoso, um olhar de atenção, uma visitinha rápida, nessas horas, faz um bem tremendo e não nos custa nada. Acreditem, eu sei o que estou dizendo.

É notório a todos, que eu mudei, depois do câncer, que passei a enxergar a vida com outros olhos, eu demorei a escutar o chamado de Deus, e foi preciso um chamado muito, mas muito forte, para o surdo aqui entender o recado, muitos já o ouvem de primeira, o besta aqui, para variar cabeça dura, teve que demorar um pouco mais, e quando temos o coração tocado, e passamos a tentar compreender Jesus, vamos nos tornando mais serenos.

Hoje posso dizer que perdoar é a coisa mais importante que podemos fazer a nós mesmos, e não adianta perdoar só da boca para fora, como dizem “PERDOADOS, MAS NÃO LIMPOS”.

Quando não perdoamos verdadeiramente, nasce à mágoa, que gera a raiva, que cria o espirito de vingança, e por fim, tal qual um veneno, faz o teu corpo físico apodrecer.

Toda vez que nos violentamos dessa maneira, entramos em um estado de depressão, muitas vezes imperceptível a olhos nus, mas que devasta silenciosamente nosso corpo e nossa alma.

Disse-me um amigo certa vez, que para ouvirmos o chamado de Deus, é preciso que nos arrependamo-nos, e para tanto necessário fazer uma cirurgia moral em nós mesmos, o que ocasionará uma mudança profunda em nossas vidas.

Porém existe um grande entrave para operarmos essa cirurgia, que é a falta de coragem, de passarmos por uma auditoria moral, e enfrentarmos a nossa verdade, nua e crua.

Não! Não é fácil, dói uma vez, doera outra vez, e depois vai doer de novo, e assim será até concluirmos esse processo de arrependimento, que nada mais é que o nosso autoconhecimento, até que possamos nos olhar no espelho e nos ver verdadeiramente como nós somos.

Que Deus o Senhor do universo, que criou o mundo e os seres, nos abençoe.

Um beijo no coração

Silvio Klinguelfus Junior

  

“O que eu lhes digo na escuridão, falem à luz do dia;

o que é sussurrado em seus ouvidos, proclamem dos telhados."

Mateus 10:27-31




3 comentários:

  1. vanmarconVan Marconato Negrão


    @KLINGUELFUSS Seus textos sempre me fazem repesar a vida, muito bom, obrigada!

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  2. Silvio querido, irmão que a vida me trouxe através da figura do "cunhado".
    Tuas palavras tocaram o meu coração de maneira verdadeira e profunda.
    Os últimos dias vivenciados por mim foram turbulentos e lá atrás, quando esses dias começaram, perguntei: "para quê"?? "O que quer me mostrar??" E hoje, depois de muita conversa comigo mesmo, sei que é para: em 1o. lugar - reafirmar a minha Fé em Nosso Pai. Em 2o. -intensificar o amor maternal, filial e fraterno com o outro. Em 3o. para receber o carinho e COMPARTILHAR o meu momento com AMIGOS VERDADEIROS; alguns de longa data e outros que começam a fazer parte de minha vida neste momento. Hoje vivo a certeza que TUDO que preciso está dentro de mim e ste é o momento perfeito, um presente. O TUDO MAIS se torna RESTO... PASSADO... que um dia de uma maneira ou de outra a vida me trouxe para que eu pudesse aprender uma lição. Mas hoje não tem espaço para permanecer, aliás nem quero!! Pois a vida me trouxe situações melhores. E você tem razão quando fala do perdão à você e ao outro. Ele é necessário para nos libertar de situações que já não nos trazem amor e não nutre o nosso coração. Obrigado por fazer parte de minha vida. Um abraço carinhoso à você a Bete e a Ana Paula.

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  3. Silvio,

    Sempre adoro os temas que você escolhe e tudo o que você escreve.
    Concordo com você, creio que a capacidade de perdoar é uma das maiores virtudes, através da qual, alcançaremos a paz e a felicidade interior.
    Infelizmente, nosso conceito de perdão pode limitar ou dificultar a nossa capacidade de perdoar. Alguns dizem que perdoar é coisa de gente fraca, medrosa, boba. Acreditamos que perdoar é aceitar de forma passiva tudo o que nos fizeram. Achamos que perdoar é aceitar agressões, desrespeitando os nossos direitos. Muitos afirmam:" Eu não levo desaforo para casa!..." Somos alguns destes?
    Será que a pessoa que perdoa demonstra fraqueza de caratér? Com certeza, não! Aliás, essa certeza não é nossa, mas do Cristo que nos recomendou e viveu no perdão incondicional. E não consta que o Mestre tenha demonstrado em Sua vida fraqueza de caráter. Alguns até pensaram que ele era meio fraco, já que quando perseguido e açoitado, não esboçou qualquer gesto de reação e, no auge de seu martírio, ainda foi capaz de pedir ao Pai que perdoasse os seus ofensores.
    Até hoje ninguém lembra daqueles que o crucificaram, mas o nome do "imaginado fraco", do grande pacificador, cruzou os mares, venceu a linha do tempo, ficando conhecido em todo o mundo, a tal ponto de dividir a história da humanidade em antes e depois Dele.
    Não existe uma razão plausível para não perdoar, mas existem muitas razões para exercitarmos o perdão.
    A primeira razão encontra-se na constatação de que todos nós ainda estamos imperfeitos, por isso, o "erro" ou o engano faz parte de nossas vidas. A visão da eternidade, abre os nossos horizontes. Muito já percorremos e aprendemos, porém, temos que aprender outras centenas de lições.
    Então, se aguém nos ofende, não o faz por maldade, mas por ignorância. Ignorância significa que quem nos ofendeu, ignora, ainda não aprendeu a lição do RESPEITO. Somente quem tem a visão da imortalidade do espírito pode compreender a trajetória que todos nós realizamos, passo a passo, degrau a degrau.
    É sábio, aceitar as pessoas como elas são. Podemos sair da ilusão de que os outros devem ser perfeitos, principalmente quando agem conosco.
    Muitas vezes dizemos: "Ah, eu me desiludi com aquela pessoa. É claro! Sabem porquê? Por que nos iludimos com ela, pensando que seria perfeita o tempo todo.
    Aí, muitos dizem que não conseguem perdoar porque estão muito magoados. Porém, era previsível que por mais especial que esta pessoa fosse, um dia acabaria agindo de forma diferente daquela que esperávamos. O engano está em não aceitarmos as pessoas como elas são.
    Será que estamos esperando lidar com seres angélicos num planeta de provas e expiações?
    Podemos dizer que sem Aceitação Não há Perdão!
    O autoperdão também é importante. Reconhecendo nossos erros devemos encontrar forças para reformular nossas atitudes e começar uma nova vida.
    Considerando a própria fragilidade, o indivíduo deve conceder-se a oportunidade de REPARAR OS MALES PRATICADOS, reabilitando-se perante sí mesmo e perante aqueles a quem haja prejudicado.
    O arrependimento deve ser acompanhado da ação reparadora.
    Uma das ferramentas básicas para alcançarmos o perdão real é conseguirmos nos manter a uma certa "distância psiquica" da pessoa, do "problema", ou das discussões. O que seria essa distância psíquica? Seria, conseguirmos analisar a situação como se não fosse conosco.
    Desligar-se quer dizer, deixar de alimentar-se das relações destrutivas, desvincular-se mentalmente das relações doentias.
    Ao soltarmo-nos dos fluidos que nos amarram as crises, temos a chance de enxergar novas formas de resolver dificuldades e e desenvolver a nobre tarefa de nos compreender e compreender aos outros.
    Quando aceitaremos fazer esse "distanciamento" mais facilmente? Quando acreditarmos que cada ser humano é capaz de resolver suas dificuldades e é responsável por todos os seus feitos na vida, permitindo que sejam e se comportem como queiram, dando-nos, a nós, essa mesma liberdade.

    Beijos em seu coração!

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