Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

12 de setembro de 2021

SONHO

Ontem eu tive um sonho marcante que me lembrou de uma história que aconteceu há 43 anos.


Último dia de aula do ginásio, havíamos organizado um amigo invisível, que estava sendo então revelado.


Na época eu havia tirado a menina mais bonita da sala, e como eu já trabalhava em meio período devo ter deixado o meu salário do mês para lhe comprar uma caixinha de bombom de um chocolate famoso a época.


O amigo que havia me tirado, não me deu presente e alegou haver se esquecido de levar, mas que me entregaria em casa.


O tempo passou e ele não apareceu certo dia peguei a minha bicicleta, descobri onde ele morava e resolvi bater a sua porta.


Quando somos crianças, não temos a percepção exata do mundo, ao chegar a casa dele, que ficava em um curtiço e consistia apenas em uma portinha, chamei-o pelo nome, e de fora pude ouvir o rebuliço que ocorria lá dentro, a voz estridente de uma mulher claramente dando-lhe uma sonora bronca.


Depois de algum tempo ele sai com cara de choro, me dá um pequeno objeto embrulhado em uma folha de jornal, dá as costas e entra novamente em sua casa.


Naquele pequeno embrulho continha um sabonete desses de amostra grátis.


Enfim... o tempo passou e eu provavelmente nunca mais tenha pensando naquela história até o sonho de ontem, no qual recebi a visita daquele mesmo menininho me pedindo desculpas pela decepção que tinha me causado.


Óbvio que mesmo quando criança depois de um tempinho compreendemos toda a situação e aquilo não me impactou, mas, talvez tenha impactado e muito a vida daquele então meu amiguinho.


Voltando ao sonho, assim que disse àquela então "criança" que não se preocupasse e que nada havia a ser perdoado, ele me agradeceu e diante dos meus olhos se transformou em um homem, despediu-se com lágrimas nos olhos e um sorriso meigo no rosto e da mesma maneira como surgiu, sumiu.


Vá em Paz meu amiguinho e até breve.


Que Deus nos abençoe hoje e sempre.


SILVIO K. JR



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