Sei
que todos que me acompanham por esse mundo virtual, estão esperando um texto,
no qual eu vá exaltar os dias ensolarados e abençoados da minha ida à praia.
Sem “sombra”
de dúvidas, que eles foram ensolarados e abençoados, entretanto, nesses últimos
dias, venho carregando um pensamento fixo, sobre o sofrimento de um casal que “perdeu”
o seu filho em um acidente. Fruto é bem verdade de uma conversa com um amigo,
que vivenciou bem de perto essa dor.
Quem
sou eu para consolar?
O
que posso dizer para alguém que enfrenta tal dor?
Como
amenizar esse sofrimento que corrói as entranhas d’alma?
Perguntas
que infelizmente eu não tenho a mínima condição para responder; mas como já enfatizei
esse pensamento, não me saia da cabeça.
E
como nada é por acaso, esse final de semana, durante os momentos em que
defronte ao mar, agradecia profundamente a Deus por mais essa etapa da minha
vida, afinal, foram cinco anos, sem pisar na areia, muito tempo, para quem ia
várias vezes a praia; por diversas vezes, me peguei pensando no sofrimento
desses pais, e ali, diante daquela imensidão, a certeza, que precisava escrever.
Resolvi,
então, trazer o assunto para mais perto da minha realidade, traçando um
paralelo pelo que eu passei, posso dizer: que no meu caso Deus, julgou que
ainda era necessário que eu aqui permanecesse, e quanto à fatalidade, não há, pois
simplesmente por detrás de tudo, sempre existe a vontade oculta de Deus.
Como
pai, sei que não existe dor maior, do que quando vejo minha filha adoentada, quiçá
perdê-la, mas quando temos a certeza, que a morte não é o fim, e que Deus nos
concedeu por empréstimo algo extremamente valioso, que são os nossos filhos, cuja
demonstração de maior confiança dEle em nós não existe; diante disso precisamos
entender que os nossos filhos não nos pertencem, Deus nos usa como meio para obter
o resultado, mas eles nunca serão efetivamente nossos.
Deus
veio busca-lo, para a verdadeira vida, a espiritual, não mais precisava aqui
continuar, e enquanto aqui esteve, ajudou a iluminar os caminhos daqueles que
seguiram ao seu redor, evitando que se perdessem diante dos problemas da vida,
e agora retornou ao lar onde um dia, todos estarão novamente reunidos,
portanto, o que para nós parece fatalidade, já estava escrito nas linhas retas
do destino.
Chorar,
sentir saudades, faz parte, mas não podemos nos desesperar, eis onde entra o
principal: a fé em Deus; devemos encarar tudo com resignação e coragem,
tratando assim o coração ferido pela partida de um filho.
Não
tenho a pretensão que esse texto console alguém, e muito menos que seja uma
fórmula mágica, pois como já mencionei no início deste texto, eu trouxe esse
assunto para perto da minha realidade. No meu caso, eu somente consegui seguir
em frente e encarar todo esse processo, por mais doloroso que o fosse, com FÉ,
RESIGNAÇÃO E CORAGEM.
Um
beijo no coração e que Deus nos abençoe.
Silvio
Klinguelfus Junior
ps. A
leitura do livro: “Jóias da Alma” de Adeilson Salles, trouxe luz a minhas
dúvidas; a todos que passam por um problema semelhante, recomendo a sua
leitura.
Bem profundo,
ResponderExcluirComo sempre impecável, e grato pela recomendação!
ResponderExcluir