Todas
as noites, quando começo minhas orações, peço ao Pai, que eLe me perdoe, por todos
os meus pecados, gestos, atitudes e pensamentos, naquele dia.
Sim
todas as noites, sem exceção, eu preciso pedir perdão; só para vocês terem
noção do tamanho desse pecador.
E mesmo
assim, Deus em sua misericórdia, sempre me abençoa com o dia seguinte; a cada amanhecer,
ao abrir meus olhos, me deparo com o maior presente de todos, “a vida”, é como
se eLe me desse uma nova chance, uma página totalmente em branco, cujo texto e
o roteiro que serão ali impressos, só dependem de mim, dos meus gestos, das
minhas atitudes e pensamentos.
Algumas
vezes, fico tão feliz com minhas atitudes, que até me surpreendo, mas de repente,
como se surgisse do nada, lá estou eu novamente cometendo os mesmos erros de
sempre.
E
tome página em branco novamente, fico até com receio, pois no dia que eu
escrever uma página nesse diário divino, que não contenha um único deslize, um
único pecado, talvez tenha sido o meu último dia aqui na terra.
Ontem
e hoje, por dois momentos me apanhei nesses deslizes, por mais que em ambos os
casos, eu tivesse razão, e não a tinha, tentei me impor, e só o que consegui,
foi observar o medo e a decepção naqueles ao meu redor. Não existe mérito algum
nisso, quando há medo, não existe o respeito, é impossível os dois conviverem,
pois são diametralmente opostos.
Guardadas
as devidas proporções, meu pai, talvez mesmo sem saber, me ensinou com seu
exemplo de vida, de pessoa simples, honesta, sincera, e principalmente amorosa,
uma lição, a qual na minha modesta opinião, deveria ser ensinada por todas as
religiões; enquanto criança e por toda a minha existência ao lado do meu pai
enquanto vivo, eu nunca, jamais, em momento algum, tive medo dele, mas o respeitava
e como o respeitava, a ponto dele nem precisar falar, bastava apenas um olhar, para
saber exatamente o que eu tinha que fazer.
Incrível,
não? Eu nunca temi meu pai, mas eu sempre o respeitei. Como eu disse: medo e
respeito são iguais à água e óleo, eles não se misturam.
Para
mim, Deus é amor, é bondade, compaixão, perdão, exatamente como meu pai em sua
simplicidade me ensinou com seus exemplos.
Eu
respeito Deus, não por temê-lo; eu respeito Deus, não por submissão; eu respeito
Deus, não porque ele irá me punir.
Simplesmente
e conscientemente eu respeito a Deus, por eLe ser a essência do amor, e por
isso eu o amo de todo o meu coração, de toda a minha alma e de todo o meu
entendimento.
Um
beijo no coração e que Deus nos abençoe.
Silvio
Klinguelfus Junior