Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

1 de julho de 2012

NOSSOS ATOS... (mais um texto da série “dias especiais”)


Há algum tempo, que não escrevia sobre a série “dias especiais”; como graças a Deus, venho me recuperando, mesmo que lentamente, os dias melhores, começam a tornarem-se mais frequentes; entretanto, existem dias, que se sobressaem, que extrapolam a minha atual realidade.

Dias como o de hoje, para mim, é um enorme prazer, pois não existe nada melhor que a realização, e isso pode ser aplicado para tudo em nossas vidas, pois sem sombra de dúvida, que o ato de realizar é o que concede a satisfação.

Muitos, podem não compreender, como o simples ato, de ir a uma reunião aos domingos de manhã, pode ser considerado uma vitória, ou ainda:

- um jantar em um restaurante com a família;

- uma partida de qualquer jogo com a tua filha;

- um passeio de moto em um dia ensolarado acompanhado da pessoa que você ama;

- um almoço de domingo;

Tudo isso sem dor, sem desespero, sem preocupações, são esses acontecimentos que realmente importam, eles não tem preço, infelizmente, muitos acreditam que coisas assim, não são nada demais. Mas experimente ficar sem fazê-las por anos.

Muitas vezes, conversando com pessoas, que vão a missas, cultos, palestras e tudo mais, muitos dos quais, mais de uma vez na semana, você percebe, que na essência não mudaram absolutamente nada; basta reparar nas atitudes, nas palavras, nos gestos; aquele que realmente entende o significado, não pode continuar cometendo os mesmos erros.

Questiono-me sempre, se realmente as pessoas querem mudar, ou simplesmente, estão ali para cumprir uma obrigação moral consigo mesmas, como se o simples fato de estar presente, apagasse os seus atos. Afinal para que se comprometer, não é mesmo?

Mas chegará um dia, como aconteceu comigo, que soará a ampulheta da consciência, e a palavra de ordem será renovação, e o desejo genuíno de melhorar pulsará na alma; pois o nosso tribunal da consciência individual, nos quer como cidadãos modelos, honestos e comprometidos com o bem, e não simplesmente cobertos pelas mascaras sociais.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe.

Silvio Klinguelfus Junior

Um comentário:

  1. Bom dia Silvio,



    O homem não tem consciência da brevidade da vida, por isso não saboreia cada instante. O que é muito diferente de estar vivo.



    Sempre brinco com uma das imagens mais bonitas da minha vida:



    A Duracell nos mandou para o Canadá, então, andando nas ruas, estávamos em quatro pessoas. Uma pessoa do México, uma do Chile, uma do Canadá, mas que vivia nos EUA, e eu. Era dezembro, as ruas estavam cobertas de neve, as árvores sem folhas, mas cercadas de pequenas luzes, enfeites de Natal.



    Íamos a um restaurante, perto do hotel em que nos hospedamos. Apesar do frio, resolvemos caminhar. Uma vez na rua, vimos que este estava mais intenso que imaginamos. As ruas eram escuras, iluminadas por lâmpadas com uma luz amarelada, que não ajudavam muito, mas deixavam o lugar bonito e assustador.



    Ao dobramos um quarteirão, ouvimos o som de um sax. Para surpresa de todos lá estava um homem tocando belas músicas. Sozinho no meio da calçada, a caixa aberta aos seus pés, num lugar e hora, imagino, poucas pessoas passariam.



    Meus amigos apertaram o passo para chegar ao restaurante, fugindo do frio. Fiquei para trás para vê-lo tocar. Cheguei logo depois, para ouvir provocações a noite toda.

    É verdade, eu poderia passar menos frio com um CD em casa, mas não teria aquele momento!



    Não me lembro o nome do restaurante, não me recordo o que comemos, mas jamais vou esquecer aquela imagem. Não trocamos nenhuma palavra, o músico tocou como se eu não estivesse ali, como se soubesse que não deveria quebrar o encanto.



    Talvez para muitos, como foi para meus amigos, a cena poderia parecer estranha: um homem tocando, numa noite muito fria, com outro parado em frente, os dois molhados pela neve!



    Uma coisa eu tinha certeza: Nunca mais teria aquele instante!



    Quem sabe o músico tivesse pensado a mesma coisa?



    Assim é a vida, com consciência.



    Sou capaz de imaginar o que você sente quando escreve, considerando o susto que os médicos me deram com falso alarme sobre aneurisma abdominal, mas não chega perto do que você enfrenta.



    Para mim você é como o músico, que, sem explicação, e sem pedir compreensão, num dia frio, executa obras, belas, e as deixa no ar, para que momentos únicos sejam criados.



    Por isso, Deus te abençoe!

    Ivan Postigo - vai e-mail

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