Páginas em branco

Parece mágica, embora basicamente nada mude, com a virada do ano, essa data, tem o poder de brotar em nós, o sentimento de renascimento.

A cada início de ano, é como se tivéssemos em nossas mãos um livro em branco, pronto para ser escrito por nós.

Essas páginas em branco serão preenchidas por aquilo que fizermos.

Então, quero que as minhas páginas desse ano, tenham em seu conteúdo coisas boas.

Em 2011 gostaria de ver melhor, ouvir melhor, sentir melhor, as verdadeiras coisas que realmente importam.

Li e repasso dois ditados populares.

- o primeiro e mais conhecido:

 “o maior cego é aquele que não quer ver”.

- o segundo que vem para complementar o primeiro:

 “o pior cego, é aquele que só vê o que lhe interessa”.

Quando passamos a dar valor para outras coisas na vida, que não ao nosso próprio umbigo, quando ficamos desprovidos da nossa vaidade e do orgulho, e começamos a entender o verdadeiro sentido de estarmos aqui, é que percebemos a necessidade que temos de ver, de ouvir e sentir ao próximo.

Hoje eu percebo no olhar das pessoas, quando precisam de ajuda; hoje eu percebo no timbre de voz das pessoas, quando precisam de ajuda; hoje eu percebo ao abraçar as pessoas, pela contração da sua musculatura, quando precisam de ajuda.

A alma grita por ajuda através dos olhos, sem que pra isso, seja preciso a pessoa dizer uma única palavra, basta observar.

Todos nós percebemos isso, só que não queremos ver, pois é muito mais fácil, não se envolver.

Muitas vezes, a pessoa só precisa de um mísero minuto de atenção, de um olhar de compreensão, de uma palavra de carinho ou simplesmente de um abraço, e nós lhe negamos, por falta de tempo, por falta de vontade, e claro, como já disse, por medo de nos envolvermos.

Pai, por favor, dê-me em 2011, verdadeiramente olhos de ver, e ouvidos de ouvir...

Um beijo no coração de todos

Silvio Klinguelfus Junior

 “Quem faz o bem aos outros a si próprio o faz. Portanto, não te importes com críticas e sarcasmos.”