Baseada
nos ensinamentos obtidos durante a
brilhante
conversa com o médico psiquiatra
Dr. José Luiz Condotta.
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Refletindo
sobre a morte do pai de um conhecido, que sofreu durante anos com o mal de
Alzheimer, mesma doença que o meu pai teve e que o levou no ano de 2.003; foram
longos anos de sofrimento para todos da família. Essa doença é uma prisão sem
grades, à alma do doente fica preso a um corpo senil e todos os demais
familiares ficam presos ao seu redor.
Assim
fiquei a imaginar, quantas outras prisões sem grades poderão existir, e
tentando ir mais fundo nessa minha viagem interior, como ensinou o Dr.
Condotta, me questionei se acaso atualmente eu vivo em uma delas.
E a resposta
que eu cheguei, é que sim, orbito em torno de uma prisão sem grades, tal qual a
um preso cumprindo pena em regime semiaberto tem algumas horas de liberdade
para trabalhar, eu sempre preciso retornar para o mesmo lugar todos os dias,
assim sendo, as distâncias são limitadas pelo fator tempo. É exatamente assim
que eu me sinto, com relação à doença que eu tive e da qual não consigo me
desvencilhar. Sou um preso de mim mesmo, da minha própria consciência, em outras
palavras, preso ao meu próprio corpo.
Seguindo
ainda nessa viagem interior, baseado nas orientações do médico psiquiatra, ampliando
a minha consciência, cheguei à conclusão que são incontáveis as prisões a que estamos
sujeitos, além da doença, podemos estar presos:
- a
pais obcecados por seus filhos;
- a
um casamento possessivo;
- a
valores materiais os que têm sofrem desesperadamente por os vigiarem constantemente,
e os que não os possuem arrasam a moral e a ética para tê-lo;
- a
um emprego, muitas vezes não caminhamos de mãos dadas com a nossa profissão, simplesmente
a suportamos pelas coisas matérias e pelo ambiente em que vivemos;
-
podemos ainda estar presos ao passado que vive nos atormentando ou ao futuro
que vive nos amedrontando.
E
dentro de nós ainda existem prisões secretas, são elas: ciúme; raiva; ódio;
medo; inveja; orgulho; prepotência; vaidade; complexo de superioridade e
inferioridade; cobiça; sexo; drogas; e, etc... quem se lembrar de mais pode
continuar, fiquem a vontade.
Acho
que todos vivemos em alguma dessas prisões sem grades. E como fazer para nos
livrar delas? Será que conseguimos?
Sinceramente
eu não tenho uma resposta, pois mal saio de uma prisão caio em outra. O que eu
tenho é uma teoria, que Deus em sua misericórdia, nos concedeu este corpo, para
que possamos evoluir, e imprimiu em nossa consciência as Suas Leis, que são
imutáveis e iguais para todos; o que difere é apenas a interpretação de cada
um, e como somos livres para decidir, cada qual mediante o seu grau de
conhecimento e seus valores, toma a sua decisão com relação a qual direção
seguir, e quando essas interpretações se opõem aos ensinamentos, ou pior, não
praticamos as Leis de Deus, inevitavelmente caímos em uma dessas prisões sem
grades.
Acredito
que até certo ponto nossas decisões contrárias as Leis de Deus, possam parecer
darem certas, porém em um determinado momento somos chamados a olhar as Leis;
daí o “bicho pega”, pois para essas Leis, não existem conchavos políticos.
Talvez
não consigamos sair dessas prisões, mas podemos através do uso da inteligência,
afrouxar as amarras, o primeiro passo é ter vontade de fazê-lo, deixar de
acreditar que somos sempre os melhores e de esconder as nossas falhas, pelo
contrário, enfrenta-las uma a uma; sem isso é impossível.
Precisamos
trabalhar para conseguir esses objetivos, a começar pela nossa viagem interior,
para que a nossa consciência comece a se apurar e ampliar-se, utilizando-nos da
esperança e da fé, e assim darmos o primeiro passo rumo a nossa liberdade.
Dessa
forma, quem sabe a nossa consciência nos forneça um “Habeas Corpus”.
E
antes que alguém ache que eu esteja sofrendo, informo-lhes, que não estou
conformado com a minha situação, e sim eu a aceitei para que eu consiga achar saídas,
e mesmo não fazendo tantas coisas como antes, a minha vida é inquestionavelmente
mais completa, nessa minha relação amorosa com Deus.
Um
beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.
Silvio
Klinguelfus Junior.
Caro Silvio, excelente texto! Concordo plenamente, sobretudo porque "as leis do mundo são imutáveis". Sou adepto do Deísmo, que preconiza as mesmas ideias expostas no seu blog. Parabéns!
ResponderExcluirVicente
Boa noite meu querido,
ResponderExcluirSaiba que suas palavras sempre chegam em ótimos momentos e que estou nesse exato momento afrouxando as amarras e em treinamento "Galatas 5, 22" , tb quero me livrar de vàrias prisões e ser uma pessoa melhor cumprir as missões que Deus me deu.
Tenha uma excelente semana.
Um grande abraço
Tadeu
Muito bom! O importante é saber quais são nossas prisões e com evoluir para supera-las! Eu estou estudando as minhas e vou superar! Abraço e boa semana.
ResponderExcluirLeandro
Um dos meus maiores medos é ficar aprisionada dentro de mim mesma.
ResponderExcluir"Liberdade essa palavra, que o sonho humano alimenta,que não há ninguém que explique, e não há ninguém que não entenda." (Cecília Meireles).
A liberdade é um direito, desde que dentro dos limites da lei. Então somos verdadeiramente livres?
"A renúncia é a libertação. Não querer é poder." (Fernando Pessoa).
A verdadeira liberdade deve se opor à submissão do bem comum a interesses particulares. Mesmo em épocas diferentes, sempre há o suplício da liberdade. A liberdade sempre surge entre o bem e o mal, daí se equaciona liberdade com livre-arbítrio, porém essa liberdade que tanto ansiamos foi estabelecida pela tradição cristã e pelos pensamentos filosóficos.
Então, qual a liberdade que realmente desejamos? As pré-estabelecidas pelas tradições ou aquela que nossas condições humanas, que exigem um homem virtuoso, educado, sejam finalmente quebradas?!
Amigo, difícil a sua questão!
Ser livre é escolher algo e fazê-lo? Ou seria repudiar esta sociedade hipócrita que vivemos?
Amei! Mesmo não sabendo afirmar algo... Afinal, quem pode afirmar alguma coisa?
Silvio, Bom te ver!!
ResponderExcluirQue esta possa caminhada seja cheia de misericórdia, aceitação, desapego da matéria e libertação dos egos e para quem sabe a um dia alcançarmos a libertação "total" através da morte! Aqui... aprendamos rápido. Grata! CDS.
Irani de Siqueira Belo texto com verdades significativas para todos nós, mas, podemos e devemos nos auto resgatar ainda que seja aos poucos.
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