Há
pessoas que mesmo através de uma simples conversa, conseguem externar de forma
tão clara seus pensamentos, que são capazes de nos mostrar coisas tão óbvias que
fazemos no dia a dia sem percebermos e que vão aos poucos nos minando; assim é o
meu amigo Carlos Augusto, sempre nos ensinando através das coisas simples do
cotidiano.
Segundo
ele, na média somos todos bons, especialmente nas grandes coisas, porém,
frequentemente falhamos nas coisas pequenas do dia a dia, e foi justamente ai, que
nessa conversa entre amigos a minha casa literalmente ruiu. Risos.
Sobre
murmurações, eu tenho esse defeito, vivo reclamando quando alguém deixa de
cumprir alguma coisa para comigo, que em tese, em última análise, seria de minha
exclusiva responsabilidade; reclamo também quando as sequelas físicas que
ficaram em mim depois do tratamento, me impossibilitam de algo, esquecendo-me
que eu tenho muito mais a agradecer. Agora, o que realmente me deixa possesso,
é uma simples e corriqueira fechada de trânsito, sai de baixo.
O
que eu estou querendo confessar a vocês, que às vezes, fico descontente com
aquilo que acontece comigo em determinado momento e imediatamente começo a
reclamar. Já escrevi que não devemos ser passivos diante das situações que nos
apresentam, e sim pacíficos, pois, basicamente não adianta resistir àquilo que
já é um fato. Podem observar, somente conseguimos resolver nossos problemas
quando nos acalmamos e isso invariavelmente acontece quando deixamos de
reclamar.
Quando
os nossos pensamentos e a nossa forma de agir estão em sintonia, tudo flui
naturalmente, já ao contrário, nada parece funcionar. A nossa conexão com o
Pai, depende desse nosso equilíbrio, quantas vezes achamos que estamos sendo
sinceros, como por exemplo, ao dizer a alguém o que pensamos a seu respeito,
sem a devida reflexão, acreditem isso não é ser sincero, é ser mal educado
mesmo. As palavras ferem tanto quanto agressão física, por isso, é
imprescindível medi-las, ou seja, passar primeiramente pelo filtro do coração
antes de manda-las para a boca.
Não
é fácil assumir os nossos defeitos para nós mesmos, inclusive é algo raro de se
ver; dessa forma, acabamos dependendo quase que exclusivamente da misericórdia
Divina, para seguirmos em frente, chega a ser triste.
Sendo
realista, o mundo em que vivemos anda meio tumultuado, para não dizer doente, e,
diante desses desajustes, fico pensando sobre o que realmente eu quero para a minha
vida: ser um filho do mundo ou um filho de Deus? Será que eu quero me ajustar a
esse mundo ou seguir um caminho diferente?
Parece
que quando tentamos vivenciar o Evangelho, nos sentimos meio desajustados,
entretanto, ao mesmo tempo, sempre nos achamos melhores que os outros, os donos
da verdade e nos esquecemos de que somos apenas mais um ser-humano no planeta.
Sei lá...
Precisamos
reter em nossos corações a Palavra da Vida. Atenção: reter significa guardar,
conservar, segurar, lutar para não perder; assim não basta ouvir a Palavra da
Vida para nos tornamos melhores, é necessário como em tudo em nossa vida, que
para algo de certo, muito esforço e dedicação.
Um
beijo no coração e que Deus nos abençoe hoje e sempre.
Silvio
Klinguelfus Junior