Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

18 de outubro de 2015

Sine qua non.

Adotei para a minha vida o trinômio: bondade, amor e fé, base de quase todas as religiões existentes no mundo, entretanto, ao basear as minhas atitudes neste tripé, surgiu um grande problema, vivo tropeçando em um dos três pés desta base, e vira e mexe, lá vou eu com as minhas verdades para o chão. Particularmente quando isto acontece, gosto de imaginar, Jesus sentado em uma pedra logo ao meu lado, com um olhar piedoso e um sorriso meigo no rosto, como a dizer, volte lá, tente novamente, tenho certeza que desta vez irá conseguir.

Assim levanto, sei lá, pela milésima vez, engulo meu orgulho, olho para trás e vejo bem ao longe aonde comecei a caminhada, refletindo instantaneamente sobre o que é voltar alguns passos, perto daquilo que já andei; no que assim penso, lá vem mais um tropeção que me leva a dar mais um beijo no chão, e ao novamente levantar, me vejo agora olhando para frente, só que diferentemente do meu passado, não consigo enxergar o fim do caminho, novamente engulo meu orgulho e começo a caminhada de volta ao ponto que cai pela última vez, e digo de coração, muito feliz pela oportunidade de bendita de tentar novamente.

Existe muito de mistificação em nossos pensamentos, gostamos do sobrenatural, adoramos quando alguém nos diz de forma profética que o nosso futuro será brilhante, tudo sem esforço, como em um passe de mágica, e que para tanto, basta escolher esta ou aquela religião e apenas acreditar.

Upa lelê... Sapo seco quatro corujas... Sarava... Cruz-credo... Pé de pato...  Mangalô três vezes.... Vade-retro...

É claro que me divirto comigo mesmo, com os meus pensamentos, com as minhas elucubrações, não consigo imaginar o contrário, seria tedioso me odiar, porém, exatamente por ter feito várias viagens ao meu eu interior, sei perfeitamente das minhas mazelas.

Aprendi a custo de muito sofrimento a confiar na minha intuição, eis ai uma dica muito legal, todos nós a temos, basta segui-la no caminho do bem, é de graça, basta ser humilde, amar e principalmente ter fé.

Desta forma, absolutamente tudo há de ser feito com amor, por exemplo, precisamos ter amor pelo nosso trabalho e não pela finalidade (dinheiro); se você trabalha apenas pelo dinheiro, sinto lhe informar, você está fazendo tudo errado.

Somos energia emanada de Deus, assim sabedores da Sua existência, sejamos humildes, condição sem a qual nada é possível, nunca confunda conhecimento com evolução, em matéria espiritual o “tiozinho” da manutenção pode ser muito mais evoluído do que você; da próxima vez, que não cumprimentar uma pessoa por puro preconceito, pense nisso.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe.


Silvio Klinguelfus Junior

10 de outubro de 2015

ALMAS...

Somos almas...

Somos destinados à eternidade...

Somos filhos pródigos...

Somos sempre aguardados com ansiedade...

Somos sempre bem-vindos e muito amados...

Somos viajantes, com bilhetes de ida e volta...

Somos aventureiros...

Somos desbravadores...

Somos corajosos...

Somos birrentos...

Somos sabichões...

Somos conservadores...

Somos sonhadores...

Somos aprendizes eternos...

Somos filhos...

Somos de lá, vivendo cá...

Somos universais...

Somos alegria e tristeza...

Somos tristeza e alegria...

Somos eternas saudades...

Somos dor...

Somos amor...

Somos esperança...

Somos almas...


Silvio Klinguelfus Junior

4 de outubro de 2015

Raiva e ódio.

Existem algumas pessoas, que nos fazem refletir sobre a nossa vida, principalmente sobre a verdadeira vida, a espiritual, e nos ajudam a compreender aos nossos sentimentos mais íntimos e conflitantes, suas palavras agem como antídotos, que nos direcionam para nosso reencontro com o Pai. O Dr. José Luiz Condotta, médico psiquiatra, é sem sombra de dúvidas uma dessas pessoas, quando estamos na presença delas, não podemos desperdiçar os conselhos. Assim nasceu esse texto, muito provavelmente aquém das palavras do Dr. Condotta, mas, necessárias a minha pessoa, recebidas pelo meu intelecto, filtradas pelo meu coração, e aqui externadas.

A raiva e ódio, são sentimentos negativos que todos nós temos, e, exatamente, por isso, precisamos cuidar diariamente deles. São inatos (que nascem com a gente), são casados entre si, e desta união nasceram à mágoa, a ira e o ressentimento.

Por mais paradoxal que possa parecer, por serem sentimentos de preservação, eles são essenciais para a nossa evolução, desde que aprendamos a deixa-los dentro de um limite normal, em equilíbrio; a falta deles é tão prejudicial quanto.

Para que possamos compreender melhor esses sentimentos, a diferença básica entre eles é a seguinte:

O ódio sempre surge contra pessoas; é uma força devastadora e contém dentro dele a vingança.

Já a raiva surge contra situações; levando-nos a ataques de fúria, de ira, são sentimentos que implodem com a alma nos fazendo explodir; surgem invariavelmente quando nossos desejos não são realizados ou quando sofremos criticas. Causam-nos irritação, falta de concentração, problemas na vida social e familiar e a famigerada depressão.

Como podemos observar esses sentimentos estão no foco de inúmeras, para não dizer, na maioria das doenças. Basicamente quando sentimos ódio e raiva, criamos um circuito negativo dentro de nós, gerando um desiquilíbrio, destruindo a nossa saúde, mais ou menos, como se tomássemos veneno e desejássemos que outra pessoa venha a falecer em nosso lugar. Nós sabotamos a nós mesmos, quando insistimos em permanecer nesse circuito negativo, normalmente perdemos o controle da situação e automaticamente a razão, mesmo que está estivesse do nosso lado, ou ainda, nos levam a aceitar situações (engolir sapos) sem tomarmos atitudes.

O antagonista natural desses sentimentos é o amor, que vem a ser o circuito positivo; o amor não nos deixa explodir, nem a reprimir tais sentimentos, porém, nos ajuda a usá-los em nosso favor, sem prejudicar a si mesmo ou a outrem; não podemos simplesmente negar a existência do ódio e da raiva dentro de nós, ou ainda, que sintamo-nos culpados por carrega-los. O amor nos ajuda a pensarmos lógica e racionalmente na situação que os geraram.

Assim, amor e ódio, embora sejam sentimentos opostos, estão em uma mesma linha, por isso, migramos muito rapidamente de um para o outro, porém, eles são separados nessa linha, pelo orgulho, egoísmo, vaidade, prepotência e demais imperfeições, portanto, devemos sempre trabalhar esses vícios, para que nos conheçamos melhor, e mantê-los em equilíbrio, e, assim possamos gradativamente evoluir, dispostos a renunciar em favor dos outros, em outras palavras, a amar ao próximo.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe sempre.

Silvio Klinguelfus Junior