Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

4 de outubro de 2015

Raiva e ódio.

Existem algumas pessoas, que nos fazem refletir sobre a nossa vida, principalmente sobre a verdadeira vida, a espiritual, e nos ajudam a compreender aos nossos sentimentos mais íntimos e conflitantes, suas palavras agem como antídotos, que nos direcionam para nosso reencontro com o Pai. O Dr. José Luiz Condotta, médico psiquiatra, é sem sombra de dúvidas uma dessas pessoas, quando estamos na presença delas, não podemos desperdiçar os conselhos. Assim nasceu esse texto, muito provavelmente aquém das palavras do Dr. Condotta, mas, necessárias a minha pessoa, recebidas pelo meu intelecto, filtradas pelo meu coração, e aqui externadas.

A raiva e ódio, são sentimentos negativos que todos nós temos, e, exatamente, por isso, precisamos cuidar diariamente deles. São inatos (que nascem com a gente), são casados entre si, e desta união nasceram à mágoa, a ira e o ressentimento.

Por mais paradoxal que possa parecer, por serem sentimentos de preservação, eles são essenciais para a nossa evolução, desde que aprendamos a deixa-los dentro de um limite normal, em equilíbrio; a falta deles é tão prejudicial quanto.

Para que possamos compreender melhor esses sentimentos, a diferença básica entre eles é a seguinte:

O ódio sempre surge contra pessoas; é uma força devastadora e contém dentro dele a vingança.

Já a raiva surge contra situações; levando-nos a ataques de fúria, de ira, são sentimentos que implodem com a alma nos fazendo explodir; surgem invariavelmente quando nossos desejos não são realizados ou quando sofremos criticas. Causam-nos irritação, falta de concentração, problemas na vida social e familiar e a famigerada depressão.

Como podemos observar esses sentimentos estão no foco de inúmeras, para não dizer, na maioria das doenças. Basicamente quando sentimos ódio e raiva, criamos um circuito negativo dentro de nós, gerando um desiquilíbrio, destruindo a nossa saúde, mais ou menos, como se tomássemos veneno e desejássemos que outra pessoa venha a falecer em nosso lugar. Nós sabotamos a nós mesmos, quando insistimos em permanecer nesse circuito negativo, normalmente perdemos o controle da situação e automaticamente a razão, mesmo que está estivesse do nosso lado, ou ainda, nos levam a aceitar situações (engolir sapos) sem tomarmos atitudes.

O antagonista natural desses sentimentos é o amor, que vem a ser o circuito positivo; o amor não nos deixa explodir, nem a reprimir tais sentimentos, porém, nos ajuda a usá-los em nosso favor, sem prejudicar a si mesmo ou a outrem; não podemos simplesmente negar a existência do ódio e da raiva dentro de nós, ou ainda, que sintamo-nos culpados por carrega-los. O amor nos ajuda a pensarmos lógica e racionalmente na situação que os geraram.

Assim, amor e ódio, embora sejam sentimentos opostos, estão em uma mesma linha, por isso, migramos muito rapidamente de um para o outro, porém, eles são separados nessa linha, pelo orgulho, egoísmo, vaidade, prepotência e demais imperfeições, portanto, devemos sempre trabalhar esses vícios, para que nos conheçamos melhor, e mantê-los em equilíbrio, e, assim possamos gradativamente evoluir, dispostos a renunciar em favor dos outros, em outras palavras, a amar ao próximo.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe sempre.

Silvio Klinguelfus Junior


5 comentários:

  1. O grande problema do ódio, é que muitas vezes fica guardado no coração, ao longo dos anos. Por mais amor que se tenha, fica ele quieto, lá no canto. Por vezes se aflora, nos faz mal e se aquieta. E pode ficar por uma vida. E faz um mal terrível, consome em silêncio. E realmente como diz o comentário, só o AMOR, único sentimento que pode combater o ódio. A raiva passa logo, mas o ódio é sorrateiro. Melhor pois, sómente o amor. Abraços, obrigado por seus textos. Paz e luz.

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  2. Amor e ódio, são sentimentos intensos e fortes. Ao mesmo tempo que são iguais, eles são tão diferentes! O amor pode nos dar o mais dos bens da vida, ao mesmo tempo que a obsseção desse sentimento pode nos tirar a vida, da vida ou nos afastar da vida. O ódio não nos agrega nada de bom, apenas dor, angustia, sofrimento, entre outros sentimentos que o ódio nos traz e nos devasta.

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  3. O caminho para a evolução da humanidade consiste na erradicação do ódio e na propagação do amor incondicional. Isso exige do homem um aperfeiçoamento individual que infelizmente é uma raridade. Somos seres de luz entorpecidos pela comodidade, consumismo e futilidade que a vida atual nos oferece. Alguns nascem iluminados, outros aprendem pelo sofrimento, outros mais pela humildade e desapego, outros por usarem mais de 10% da capacidade cerebral, alguns gênios, outros mais pela prática da meditação e oração e o nosso grande mestre Jesus. O verdadeiro Paraíso será alcançado em tempos em que o homem entender que somos todos irmãos e nos amarmos sem nenhuma condição. Vai demorar? Acredito que não, só depende de nós. Utopia? Acredito que não. Afinal somos filhos de Deus que é perfeição absoluta.
    Adilson Cassino

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  4. ouvi dizer que guardar ódio ou rancor, é o mesmo que beber veneno e esperar que os outros morram....

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  5. Eu concordo que o ódio inconsciente pode se tornar um veneno. Tem alguns estudos da psicossomática que associam ódio, rancor e ressentimento com doenças no corpo físico. Vale a pena desenvolver sentimentos amorosos e fazer reparações é um bom caminho

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