Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

12 de novembro de 2013

FÉ, RESIGNAÇÃO E CORAGEM.


Sei que todos que me acompanham por esse mundo virtual, estão esperando um texto, no qual eu vá exaltar os dias ensolarados e abençoados da minha ida à praia.

Sem “sombra” de dúvidas, que eles foram ensolarados e abençoados, entretanto, nesses últimos dias, venho carregando um pensamento fixo, sobre o sofrimento de um casal que “perdeu” o seu filho em um acidente. Fruto é bem verdade de uma conversa com um amigo, que vivenciou bem de perto essa dor.

Quem sou eu para consolar?

O que posso dizer para alguém que enfrenta tal dor?

Como amenizar esse sofrimento que corrói as entranhas d’alma?

Perguntas que infelizmente eu não tenho a mínima condição para responder; mas como já enfatizei esse pensamento, não me saia da cabeça.

E como nada é por acaso, esse final de semana, durante os momentos em que defronte ao mar, agradecia profundamente a Deus por mais essa etapa da minha vida, afinal, foram cinco anos, sem pisar na areia, muito tempo, para quem ia várias vezes a praia; por diversas vezes, me peguei pensando no sofrimento desses pais, e ali, diante daquela imensidão, a certeza, que precisava escrever.

Resolvi, então, trazer o assunto para mais perto da minha realidade, traçando um paralelo pelo que eu passei, posso dizer: que no meu caso Deus, julgou que ainda era necessário que eu aqui permanecesse, e quanto à fatalidade, não há, pois simplesmente por detrás de tudo, sempre existe a vontade oculta de Deus.

Como pai, sei que não existe dor maior, do que quando vejo minha filha adoentada, quiçá perdê-la, mas quando temos a certeza, que a morte não é o fim, e que Deus nos concedeu por empréstimo algo extremamente valioso, que são os nossos filhos, cuja demonstração de maior confiança dEle em nós não existe; diante disso precisamos entender que os nossos filhos não nos pertencem, Deus nos usa como meio para obter o resultado, mas eles nunca serão efetivamente nossos.

Deus veio busca-lo, para a verdadeira vida, a espiritual, não mais precisava aqui continuar, e enquanto aqui esteve, ajudou a iluminar os caminhos daqueles que seguiram ao seu redor, evitando que se perdessem diante dos problemas da vida, e agora retornou ao lar onde um dia, todos estarão novamente reunidos, portanto, o que para nós parece fatalidade, já estava escrito nas linhas retas do destino.

Chorar, sentir saudades, faz parte, mas não podemos nos desesperar, eis onde entra o principal: a fé em Deus; devemos encarar tudo com resignação e coragem, tratando assim o coração ferido pela partida de um filho.

Não tenho a pretensão que esse texto console alguém, e muito menos que seja uma fórmula mágica, pois como já mencionei no início deste texto, eu trouxe esse assunto para perto da minha realidade. No meu caso, eu somente consegui seguir em frente e encarar todo esse processo, por mais doloroso que o fosse, com FÉ, RESIGNAÇÃO E CORAGEM.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe.

Silvio Klinguelfus Junior

 

ps. A leitura do livro: “Jóias da Alma” de Adeilson Salles, trouxe luz a minhas dúvidas; a todos que passam por um problema semelhante, recomendo a sua leitura.

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