Deus tocou o meu coração e minha alma,
abrindo meus olhos para a verdadeira essência da vida.

3 de fevereiro de 2012

Pessoas abençoadas

Ao reencontrar recentemente um conhecido, que veio infelizmente a falir, depois de ter um patrimônio invejado e uma carteira de clientes excelente; disse-me resignado que não tinha dinheiro nem para almoçar, que a vida não estava fácil, a mulher que nunca havia trabalhado, agora estava empregada como vendedora em uma loja de roupas, e estão se divorciando, dos dois filhos, não tem notícias há seis meses, a última que teve de um deles, que nunca quis estudar, é que estava em um subemprego na Austrália. Perdeu todo seu patrimônio, inclusive a casa em que morava.

      Enquanto tomávamos um cafezinho, ele continuava a sua história, como se estivesse desabafando, e naquelas palavras, ele mesmo já houvera encontrado a resposta para sua falência; ele contou que os negócios começaram a dar errado, quando por vontade própria optou em desfazer uma sociedade de sucesso.

      O seu ex-sócio, segundo as suas próprias palavras, trata-se de uma pessoa integra, que sempre o ajudou, principalmente no início da sua vida como empresário; o sócio já estava muito bem, quando lhe propôs a sociedade, na realidade nem precisava dele.

       A empresa prosperou décadas se passaram, e segundo ele divergências foram surgindo, no âmbito profissional.

       O amigo e sócio, que um dia lhe propôs a sociedade, novamente tomou a iniciativa, e propôs a separação amigável depois de uma longa parceria de sucesso, de pronta aceita sem o mínimo de arrependimento por parte do meu conhecido, chegando até a ser comemorada, a partilha fora excelente; porém não contava que os melhores funcionários, não quisessem ir com ele e também os melhores clientes; resultado: em três anos falência total; enquanto que o ex-sócio não só se manteve como prosperou ainda mais.

       Depois que nos despedimos, fiquei refletindo sobre a nossa conversa, como deve ser horrível perder tudo, principalmente a família.

      Analisando as palavras dele: “A minha vida começou a dar errado quando me separei do meu sócio de décadas, ele na verdade sempre foi à base de tudo; abriu todas as portas possíveis; ajudou-me quando ninguém acreditava; nunca me pediu nada em troca, com exceção da minha amizade e do meu trabalho; ensinou-me mais do que aprendeu”.

       É tão cristalino, que o sócio é o “cara”, uma pessoal especial, certamente abençoada por Deus, de quem ele nunca deveria ter se afastado.

      Eu particularmente tenho muito a agradecer a Deus, e ao meu pai, se não deixou como herança um grande patrimônio, deixou o bem maior: o seu caráter; a sua palavra; ensinou muito bem a mim e aos meus irmãos, o valor da palavra gratidão.

       Também devo gratidão eterna, ao lugar abençoado, onde eu trabalho há exatos trinta anos, e ganho o meu sustento e o da minha família.

      Um beijo no coração e que Deus nos abençoe.

      Silvio Klinguelfus Junior.

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