Conversando hoje com um amigo, que se encontra entristecido pela saúde da mãe.
Lembrei-me do tal do apego, e não que esse seja o caso dele, mas a simples lembrança me fez pensar sobre o tema.
Do quanto eu já sofri por ser apegado em demasia a algumas coisas e principalmente a pessoas; por exemplo: Como doeu perder os meus pais.
A conclusão que eu cheguei é que o apego, em algum momento, vai proporcionar algum um tipo de dor.
Com certeza não é fácil exercer o desapego das coisas materiais, principalmente no estágio atual da humanidade, creio ser algo bem complicado, e que se trata também de um grande obstáculo.
Jesus disse: "Aquele que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo" - Lucas 14:33
Acredito que ele não tenha ali se referido apenas e tão somente aos bens materiais, mas sim as nossas vaidades, ao nosso ego e soberba, enfim aos nossos defeitos e vicissitudes.
Atualmente vivemos em um ciclo sem fim de desejos, que acaba por gerar a insatisfação, não apenas com o material, mas também com as pessoas, e procuramos substituí-los rapidamente.
Mas infelizmente nos esquecemos das bênçãos que já recebemos.
Chegamos ao extremo de não mais sermos os possuidores de determinadas coisas materiais, mas sim, passamos a ser possuídos por elas.
Temos que compreender que todas as coisas são transitórias, que elas se transformam, o que hoje nos pertence, amanhã poderá não ser mais nosso.
Somos apenas usufrutuários, ou seja, nada e nem ninguém nos pertence, apenas desfrutamos; com relação às pessoas, elas só permanecem ao nosso lado, se assim o desejarem.
Ao praticarmos o desapego, apenas estaremos antecipando algo que inevitavelmente deixará de ser nosso de qualquer maneira, evitando-se dessa forma uma dor maior.
Um beijo no coração e que Deus nos abençoe.
Silvio Klinguelfus Junior
E um dicionário, encontrei a seguinte definição para a palavra apego:
- pegar, prender, escravizar.
APEGO – PRISÃO – ESCRAVIDÃO
ResponderExcluirFiz uma visita para nosso amigo e irmão Sílvio ontem, o que é sempre um prazer. A visita foi lá no Cartório Pires, na rua Santa Clara. Nosso amigo e irmão João Bono, também do cartório, não estava, pois era horário de almoço para ele.
Nossa conversa já rendeu um texto que o Sílvio vai colocar em seu blog. Leiam o blog do nosso irmão, tratam-se de textos de alguém que sabe o que é passar por provações, e o que é mais importante, nunca desistir.
Quem passa por grandes provações necessáriamente mudo o foco quanto à sua existência. Claro que existem aqueles que tem a cerviz bem mais dura e as lições da vida precisam ser repetidas várias vezes. Por que isso? Por causa do apego às coisas materiais em demasia. São prisioneiros e escravos do extrato bancário. Não conseguem levantar-se de manhã, nem deitar-se à noite, sem dar uma olhadinha, sem fazer contas mentais que cansam mais que uma caminhada de uma hora.
Só pensam em si mesmos. De manhã pensam nos seus negócios. Conversam com pessoas apenas sobre negócios. Fazem contatos por negócios. E o pior de tudo e mais nefasto: cultivam amizades por interesse.
Vocês conhecem alguém assim? Eu já conheci e conheço, alguns deles. Hoje menos que antigamente. Minha profissão era um laboratório de análises, com direito à certificado de conclusão em pós e Phd no assunto.
Quando amadureci, fiquei mais velho, mais experiente, o sentimento que eu nutria, e nutro, é de pena. Vivemos no regime capitalista, que para mim é o melhor de todos. Agora! Não precisamos viver as mazelas do capitalismo e os seus exagêros!
Tem pessoas, quando eu toco no assunto, arrazoam: viva de salário mínimo e tenha filhos para criar e sua tese vai por água a baixo! Caros amigos e irmãos, estou me referindo a pessoas que não tinham, não tem, motivos para isso. Para aqueles que possuem recursos e são escravos dele. Estou sendo claro? Para pessoas que o nascer e o pôr do sol, o cheiro da chuva, a beleza dos relacionamentos, estão disvirtuados em virtude de números representados por cifrões que são , agora, o senhor de suas vidas.
Normalmente, quem possue recursos, já passou dos quarenta, está na casa dos cinquenta e brevemente estará na dos sessenta. Ou não? Ou aqui no nosso país as pessoas chegam, as que chegam, ao primeiro milhão na casa dos vinte, trinta anos? A questão é: vai juntando, juntando, e quando percebe não tem mais saúde para gastar o que tem. É para essas pessoas que estou escrevendo este texto. Que fique bem claro isso.
Levantam de manhã, pensam neles; trabalham, pensam neles; almoçam, pensando neles; voltam para o trabalho, pensando neles; visitam “amigos”, pensando nos interesses; de vez em quando fazem uma caridade e acham que são os melhores do mundo. Até Deus tentam enganar.
Que pena, se você que estiver lendo este texto é uma pessoa assim. Você nem percebeu, mas é escravo e não livre. Já não enxerga a vida com a beleza das cores, não sente mais o cheiro da chuva e o cantar livre dos pássaros. É um valente com um talão de cheque nas mãos, ou com o cartão de crédito, mas é o mais infeliz de todos os seres, pois, o seu verdadeiro senhor é o dinheiro, raíz de todos os males.
Nunca é tarde para quem está respirando. Ainda é tempo de se livrar disso. Não precisa doar seus bens, isso é outro assunto, apenas mudar o foco, deixar de ser escravo, desapegar-se, e libertar-se dessa prisão que nem se percebe que está. O foco está errado! Você riu? Tomara que não, é o meu desejo, mas o tempo se encarregará de mostrar isso, visto que não dá para comprá-lo, e muito menos fazê-lo parar, como as vezes gostaríamos. Ainda é tempo.
Ademir Penteado
Escrito em 03 de Janeiro de 2012 – 10,43 h
Márcia Tanus Como sempre, gostei muito do teu texto. E o comentário do teu amigo Ademir tb foi Fantástico .Valeu! Sou tão despegada de coisas materiais que as vezes exagero! Com certeza das pessoas, dói, mas passa, como tudo na Vida. Abração.
ResponderExcluirEstranho! Não exclui nada, mas de qualquer forma já vi que trouxeste o comentário do FB pra cá. Adorei o texto mesmo. Abração.
ResponderExcluirUm dos maiores males do nosso tempo, excelente lição, a ser exercitada diarimente.
ResponderExcluirDesapegar das pessoas; se importar menos; não se abalar por nada nem ninguém; correr atrás daquilo que faça seu coração vibrar; ficar perto de quem te quer bem; correr atrás dos seus sonhos; se amar mais; esquecer tudo aquilo que te faça mal. Anota aí: Cair na real.
ResponderExcluirNeusa Maria Spaccasassi
ResponderExcluirLi seu texto há tempos e o reli agora. É um belo texto, que reflete quase que a unanimidade do que se pensa sobre o assunto. Suponho que o tal desapego, na prática da vida, é de difícil ou quase impossível aplicação. Como nos desapegar dos entes queridos, dos poucos e verdadeiros amigos, dos bens materiais de que necessitamos para sobreviver na época e na sociedade em que vivemos? Algum dia certamente sofreremos com a provável perda disso tudo...Mas, hoje, não quero e não posso me desapegar disso tudo. Não me ocuparei do dia de amanhã no que diz respeito a isso. Basta a cada dia a sua agonia...E não me desapegarei de você, querido amigo! Um abraço!
Irani de Siqueira Sílvio, eu tb naõ vou me desapegar de você tão cedo, morra de vontade. Você mora no meu coração.....
ResponderExcluirO Desapego
ResponderExcluirOSHO.
."Todas as nossas misérias e sofrimentos não são nada mais do que apego. Toda a nossa ignorância e escuridão é uma estranha combinação de mil e um apegos. Nós estamos apegados a coisas que serão levadas no momento da morte, ou mesmo, talvez, antes. Você pode estar muito apegado a dinheiro, mas você pode ir à bancarrota amanhã. Você pode estar muito apegado a seu poder e posição, mas eles são como bolhas de sabão. Hoje eles estão aqui; amanhã eles não deixarão nem um traço. (.)
Todas as nossas posições, todos os nossos poderes, nosso dinheiro, nosso prestígio, respeitabilidade são todos bolhas de sabão. Não fique apegado a bolhas de sabão; senão, você estará em contínua miséria e agonia. Essas bolhas de sabão não se importam por você estar apegado a elas. Elas continuam estourando e desaparecendo no ar e deixando-o para trás com o coração ferido, com um fracasso, com uma profunda destruição de seu ego. Elas o deixam triste, amargo, irritado, frustrado. Elas transformam sua vida num inferno.
Compreender que a vida é feita da mesma matéria que os sonhos é a essência do caminho. Desapegue-se: viva no mundo, mas não seja do mundo. Viva no mundo, mas não permita que o mundo viva dentro de você. Lembre-se que ele é um belo sonho, porque tudo está mudando e desaparecendo.
Não se agarre a nada. Agarrar-se é a causa de sermos inconscientes.
Se você começar a se desprender, uma tremenda liberação de energia acontecerá dentro de você, que nada mais é que a manifestação do Espírito Santo dentro de nós. Essa energia espiritual que estava "esquecida" face ao apego às coisas, trará um novo amanhecer ao seu ser, uma nova luz, uma nova compreensão, um tremendo descarregar - nenhuma possibilidade para a miséria, a agonia, a angustia.
Ao contrário, quando todas essas coisas desaparecem, você se encontra sereno, calmo e tranqüilo, numa alegria sutil. Haverá um riso no seu ser. (.)
Se você se tornar desapegado, você será capaz de ver como as pessoas estão apegadas a coisas triviais, e quanto elas estão sofrendo por isso. E você rirá de si mesmo, porque você também estava no mesmo barco antes. O desapego é certamente a essência do caminho."
Apegue-se a Deus, pois Ele é a nossa segurança
João
As vezes não damos conta o quanto um simples abraço ou um sorriso sincero nos faz bem. O quanto as PEQUENAS coisas do nosso dia-a-dia faz a diferença em nossas vidas e que muitas vezes nem as percebemos. Por isso que devemos acreditar sempre que todo dia é um NOVO dia, cheio de oportunidades de mudanças e crescimento espiritual. Mas, o mais importante meu amigo, é aproveitar essa nova oportunidade e deixar uma linda história para outros contarem!!! Deus te abençoe sempre!
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