Aglutinador de tecnologia

Para um escritor, escrever, escrever e escrever, além de ser um prazer, é a forma que ele encontra para externar os seus pensamentos.

Para o leitor, um texto bem produzido, é como bálsamo para alma, que o faz viajar pelos caminhos traçados pelas linhas de pensamento do autor.

Com o advento da tecnologia, muito se fala em fim do livro como o conhecemos; sinceramente a mim pouco importa se leremos um bom texto através de uma tela ou da maneira tradicional, tal qual conhecemos e nos habituamos; particularmente prefiro o livro, manuseá-lo em minhas mãos, apreciar a sua capa, sentir o seu cheiro.

Se retornarmos um pouco no tempo, podemos observar, que quando surgiu o rádio, muitos se apressaram em decretar o fim dos jornais, ninguém mais precisaria lê-los, entretanto sobrevivem até hoje; depois veio o advento da televisão, que quando lançada, muitos sentenciaram o fim do rádio, e ele está ai, atualíssimo; o mesmo ocorreu com a internet, ela acabará com a televisão, porém ela se atualizou tornou-se interativa, e está ai, firme e forte.

Acredito sinceramente que as mudanças são inevitáveis, alias existem apenas duas coisas tidas como certas durante a nossa existência, a morte e as mudanças; até hoje, mesmo diante de tantas mudanças, nada se extinguiu, tudo se adaptou e os meios acabaram por ser interagirem; como existem os que preferem aos jornais, também há os fãs das rádios, aqueles que amam a televisão, e os que não sabem viver sem a internet; dessa forma também acredito que o seja com relação ao livro, as duas formas coexistirão.

Quanto a mim, sou a prova viva de como essas tecnologias se interagem no nosso dia a dia, preciso confessar, sou por excelência um aglutinador de tecnologia, nesse exato momento, estou cercado por todos eles, eu simplesmente não consigo substituir, estou sentado em frente à tela do PC, com a televisão ligada em um canal de notícias, também ouço bem baixinho, através de um programa de computador, a uma rádio, que transmite ao vivo a uma apresentação da Orquestra Sinfônica de São Paulo, enquanto espero o término de download de um livro, que acabei de comprar pela internet, e refletindo ainda sobre os personagens do livro Água para Elefantes, de Sara Gruen, que terminei de ler a pouco.

Ah! Não pensem que me esqueci do bom e velho jornal de papel, esse tem um lugar especial na minha vida, mais precisamente em todas as manhãs da minha vida.

Um beijo no coração e que Deus nos abençoe.

Silvio Klinguelfus Junior