HÁ TEMPO PARA TUDO

HÁ TEMPO PARA TUDO

Boa noite, o texto de hoje, foi escrito por um amigo, que ainda não tive a honra de conhecê-lo pessoalmente, mas como diz outra amiga “SEM PALAVRAS” para defini-lo.

Um beijo no coração de todos e uma boa leitura.

Silvio Klinguelfus Junior

Caro amigo Sílvio! Após escrever este texto percebi que ele tem seu estilo de escrever. Como você é dos poucos, ainda bem que existem pessoas como você, que se aventura na vereda literária, sua maneira de se expressar fica latente para quem aprecia o estilo. Posso estar enganado, mas tem a "sua cara". Se você tivesse escrito, eu diria que seria normal. Ou estou enganado? Tenha uma excelente semana na Paz do Senhor Jesus. Recomendações à família.

Teu amigo (que ainda não o conhece pessoalmente)

Ademir Penteado  

HÁ TEMPO PARA TUDO

                       

                        Mesmo não pretendendo espiritualizar este texto, não há como não citar o livro de Eclesiastes, onde o Pregador nos exorta que tudo tem seu tempo determinado.

                        Afirma aquele texto que a tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.

                        Pare um pouco e analise sua vida passada. Quantos inícios e quantos fins; quantos começos e quantos ocasos. A vida é um eterno recomeçar até chegarmos à estação final da vida, e mesmo nela alguns privilegiados ainda tem sonhos.

                        Mas tudo se renova e isso é muito bom. A renovação não tem idade. Há sempre tempo de recomeçar. Recomeçar nos dá alento, nos dá ânimo, renova expectativas e aciona novamente a chama da esperança. Quem já não passou por isso? Nosso primeiro dia de aula. A conclusão desse primeiro estágio. Nosso primeiro amor, que enganosamente pensamos que seria o único. Nosso primeiro dia de trabalho em um determinado lugar. O último dia nesse mesmo lugar. O primeiro dia na vida acadêmica. E de repente o último com a colação de grau.

                        O primeiro casamento para muitos até que a morte os separe. O segundo casamento para muitos também. Enfim, uma renovação que aparenta não ter fim. Os amigos de estrada e os amigos que permaneceram. Lembram-se da primeira casa ou do primeiro apartamento. Parecia-nos que não sairíamos mais de lá. Mas não foi assim. A vida prossegue. São ciclos e ciclo tem início e fim.

                        O importante de tudo isso é que quando terminamos uma etapa, o façamos com a sensação do dever cumprido. Nada é mais gratificante do que não carregar sentimento de culpa algum e andar de cabeça erguida, na certeza que fomos úteis e cumprimos com aquilo que nos foi proposto.

                        Temos dificuldades com as mudanças, pois, mesmo sendo para melhor para nossas vidas, existe um grau de stress que deverá ser assimilado e superado. Nunca me preocupei com os lugares em que passei e depois deixei. Sinto mais falta das pessoas, pois nem sempre o relacionamento vai continuar normal. Mas aprendi que isso também é normal.

                        Deus abençoe a todos vocês que porventura estejam passando por tempos de mudança. Elas são necessárias. Mas não deixe de cultivar a amizade das pessoas com quem você um dia teve o privilégio de conviver. Hoje em dia não é mais como no passado. Basta um endereço eletrônico e estamos bem pertinho um dos outros.

                        Há tempo para tudo debaixo do céu. Há tempo de chegar, tempo de permanecer, e tempo de ir embora. Há tempo para dar espaço para os que vêm atrás e quem sabe abrir espaço em uma trincheira ali mais à frente.  

Ademir Marques Penteado

Escrito em 19 de Maio de 2011 – 15,57 h